O vice-presidente da República Hamilton Mourão (PRTB) defendeu, nesta segunda-feira, que após a aprovação da reforma da Previdência, o próximo passo do Congresso deve ser a reforma política. De acordo com Mourão, o Brasil não tem um sistema político funcional e isso é difícil de conceber tal a fragmentação partidária.
“Hoje, lá dentro do Congresso, na Câmara dos Deputados, temos 26 partidos representados, apenas dois partidos têm mais de 50 deputados, em torno de sete têm entre 30 e 40 e o restante são partidos com dez ou oito deputados, então, é extremamente fragmentado o nosso Congresso, não é fácil lidar com isso aí. Os partidos deixaram de representar o pensamento da sociedade como um todo. Acho que todos aqui entendem perfeitamente que o ideal é que tivéssemos cinco partidos, quando muito sete, que representassem as diferentes espécies de pensamento que temos dentro da nossa sociedade”, disse Mourão ao participar da abertura do II Rio Money Forum, na Fundação Getulio Vargas (FGV).
O vice-presidente defende o sistema político com voto distrital, que ,para ele, seria também uma forma de baratear as eleições: “É a minha opinião para a eleição ficar mais barata”.
Mourão ainda aproveitou para se dizer favorável a reforma tributária: “Temos um sistema tributário caótico. Estamos pagando hoje 32%, 33% do PIB de impostos. Isso penaliza os mais pobres. Porque os impostos incidem na comida e na bebida. A turma mais pobre é que sofre com essa carga. Temos que organizar o sistema, porque há uma quantidade de impostos”.
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