Tabata Amaral e outros parlamentares poderão ser expulsos do PDT caso votem à favor da nova Previdência

Em reunião com a bancada do PDT na Câmera, realizada na última terça-feira, o presidente da sigla, Carlos Lupi (PDT), informou que irá punir com o desligamento do partido os parlamentares que votarem de forma favorável as mudanças nas regras de aposentadoria, propostas pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), no texto da reforma da Previdência.  A decisão vai de encontro ao posicionamento favorável da deputada federal por São Paulo Tabata Amaral (PDT), que lidera um grupo dentro do PDT.

Em entrevista ao Broadcast, do Grupo Estado, Carlos Lupi comentou sobre a situação: “Eu fiz um apelo humilde pelo voto dela (Tabata), para que seja contrário à reforma da Previdência. O governo tem um poder de convencimento que a gente não tem. Nós temos as palavras e eles têm emendas. Eles têm olhos azuis e nós, negros. Então, muita gente usa a Tabata para se proteger da decisão, alguns por convicção e outros por utilidade pública”.

Já o candidato à presidência da República pelo partido nas últimas eleições, Ciro Gomes (PDT), utilizou a sua conta oficial no Twitter para se manifestar acerca do tema: “A tentativa de compra de votos por dinheiro de emendas ou ofertas mentirosas a estados e municípios ronda, neste momento, até os partidos de oposição. Defenderei que o PDT expulse aqueles que votarem contra o povo nesta reforma de previdência elitista”.

Segundo o Placar da Previdência, sete dos 27 deputados do PDT são favoráveis à reforma da Previdência, enquanto outros 13 são contrários a proposta. Outros 4 se dizem indecisos e 3 não quiseram responder, incluindo Tabata Amaral. Para o Broadcast, Lupi confirmou os números: “Pelas minhas contas, são de 3 a 7, mas quero reduzir esse estrago para um ou dois. Já estou aqui sofrendo”.