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“A hora dele vai chegar”, diz secretário sobre Doca, chefe do CV

Secretário Felipe Curi informou que 99 dos 117 suspeitos mortos foram identificados; 42 tinham mandados de prisão em aberto

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Secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, e secretário estadual de Segurança Pública, Victor Santos. Foto: Lucas Araújo/ Super Rádio Tupi

A Cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro divulgou, na manhã desta sexta-feira (31), parte da lista com os nomes dos mortos na megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na última terça-feira (28). A ação, batizada de Operação Contenção, é considerada a mais letal da história do estado, com 121 mortos — entre eles, 117 suspeitos e quatro policiais.

De acordo com o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, 99 dos 117 suspeitos mortos já foram identificados. Desses, 78 tinham histórico criminal e 42 possuíam mandados de prisão em aberto.

Sobre Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como um dos chefes da facção, Curi falou: “A hora dele vai chegar, assim como chegou a de vários outros. Enquanto isso, estamos desestruturando a facção criminosa. Com apreensão de armas, prisões, operações, investigações. Esse é o trabalho técnico possível com a legislação existente que a spolicias vem fazendo no RJ”.

Nós aumentamos o risco dos policias para proteger os moradores. Para retirar os marginais das áreas edificadas e levá-los para a região de mata para preservar a vida dos moradores. Essa foi a maior preocupação. O planejamento nesse sentido foi totalmente executado”, declarou Curi.

Ele também comentou sobre o trabalho de remoção dos corpos. “Para os corpos que não conseguimos retirar, a população fez isso. Acredito que, se houvesse mais vítimas, os próprios moradores já teriam descoberto”, disse.

Edgar Alves de Andrade, o Doca. Foto: Reprodução

39 mortos eram de outros estados

Entre os mortos identificados, 39 eram de outros estados: 13 do Pará, 7 do Amazonas, 6 da Bahia, 4 do Ceará, 4 de Goiás, 3 do Espírito Santo, 1 do Mato Grosso e 1 da Paraíba. O secretário afirmou que os complexos da Penha e do Alemão funcionavam como centros de distribuição de drogas e armas para outras comunidades.

“Chegam cerca de 10 toneladas de drogas por mês para esses complexos. São negociados ainda de 50 a 70 fuzis mensalmente, que também são distribuídos para outras regiões”, explicou Curi.

Secretaria defende ação e critica “falsas narrativas”

Polícia Civil divulga lista parcial de mortos na Operação Contenção no Rio. Foto: Foto: Reprodução/TV Globo

Felipe Curi classificou a operação como “técnica e transparente” e repudiou críticas à ação policial. “A quem interessa fazer uma falsa narrativa para descredibilizar a ação policial? Estamos agindo da forma mais transparente possível”, afirmou.

O secretário também defendeu que a facção que atua nas comunidades deve ser tratada como uma organização terrorista. “É preciso uma mobilização nacional. Essa não é mais uma organização criminosa, e sim uma organização terrorista com práticas de guerrilha que dão ordens para execução de desafetos e agentes públicos”, disse.

Secretário de Segurança descarta ocupação das comunidades

O secretário estadual de Segurança Pública, Victor Santos, descartou a possibilidade de ocupação permanente nas favelas.

“Nenhum estado do Brasil tem essas condições. Temos quase um quarto da população do Rio morando em comunidades. Se pegarmos todo o efetivo da polícia, daria cerca de sete policiais por comunidade. Ocupação não é a solução, a solução é a retomada”, afirmou.

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