Advogado morto pela milícia em 2018 sabia do plano para matar Marielle Franco

Nos autos do processo sobre os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, surge um nome, antes desconhecido pelas autoridades policiais. O advogado André Luiz Fernandes, assassinado 29 dias após a morte de Marielle, teria participado do plano para matar a vereadora.

A delação premiada feita por Ronnie Lessa e homologada pelo Supremo Tribunal Federal, revela uma relação íntima entre o atirador e o advogado. No depoimento à Polícia Federal, Lessa contou que, “bebeu whisky com André Luiz, enquanto os dois orquestravam a forma que parlamentar deveria ser assassinada”.

O intuito de Ronnie Lessa e André Luiz era esconder os rastros do crime e não deixar vestígios sobre a autoria do assassinato.

Prisão irmãos Brazão

Neste domingo (24),  agentes da Polícia Federal prenderam Chiquinho e Domingos Brazão. Os irmãos são acusados de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco. Além deles, o ex-chefe de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa também foi preso acusado de atrapalhar as investigações.

De acordo com a Polícia Federal, Chiquinho e Domingos Brazão ofereceram o comando da milícia que atua na Zona Oeste do Rio para que Ronnie Lessa matasse Marielle Franco.

Segundo as investigações, os irmãos Brazão queriam controlar uma extensa área da Zona Oeste para fins comerciais. Marielle era contra o esquema e afirmava que a área deveria ser destinada para a construção de moradias para a população carente.