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Rio

Alerj vai endurecer cobranças aos órgãos de fiscalização das operações de trânsito

CPI para investigar a indústria das multas e máfia dos reboques esta sendo discutida

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Foto:Reprodução

As comissões de Transporte, Combate à Desordem Urbana e de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vão convocar assessoria da Casa Civil, representantes do Detran e das polícias Civil e Militar a prestarem esclarecimentos. O chamamento ocorrerá por conta das ausências sem justificativas à audiência pública que foi realizada nesta terça-feira (05/09) para debater ações de combate à indústria das multas em operações de trânsito no Estado do Rio de Janeiro.

A falta de dados e informações equivocadas prestadas por representantes do Detro presentes à audiência também foram criticadas. O presidente do órgão será convocado a estar presente na próxima reunião do colegiado. Assim como representante da empresa que controla os pátios onde os veículos apreendidos são transportados.

Os deputados Alan Lopes (PL), Rodrigo Amorim (PTB), Índia Armelau (PL) e Dionísio Lins (PP), membros efetivos da Comissão de Combate à Desordem, repudiaram as ausências. “É falta de respeito com a Alerj. As pessoas estão sendo achacadas há anos em operações abusivas, sem critérios e sem transparência”, afirmou o presidente Alan Lopes.

O assessor da Casa Civil, Tadeu Vieira, que se intitula nas redes sociais em blitzes como integrante do Governo Presente, será convocado a dar explicações, diante da ausência na reunião

“Órgãos que deveriam zelar pela ordem entregam desordem urbana. Homens sozinhos não sentem segurança ao passar numa blitz, imagine uma mulher ao ser abordada”, criticou a relatora do colegiado, deputada Índia Armelau.

Durante a audiência, questionamentos ficaram sem respostas: qual órgão é responsável pelas blitzes; critérios para escolha de local, data e horários, ordem de serviço das operações, dentre outros.

“Nessas operações não se sabe quem manda, qual órgão é responsável pela inteligência, agentes afrontam a legislação e o cidadão de bem apontando problemas onde não existem para apreender veículos”, apontou o vice-presidente do colegiado, Rodrigo Amorim.

Para o deputado Filippe Poubel, a condução coercitiva tem de ser aplicada aos representantes de órgãos públicos que reiteradamente não atendem aos convites e às convocações da Alerj.
“Estamos recebendo reclamações diariamente em nossos gabinetes, a sociedade está dizendo que não aguenta mais, são motoristas de aplicativo, motoboys, cidadãos com a família que estão sendo abordados e tendo os carros rebocados abusivamente”, disse Poubel.

Atualmente, veículos rebocados na Região Metropolitana são enviados para três pátios, situados nos bairros de Vargem Grande e Engenho da Rainha, ambos no Rio, e no município de Seropédica, na Baixada Fluminense.

“É uma covardia, um abuso, um carro apreendido em Maricá ser levado para a Baixada Fluminense. Estamos lidando com uma máfia dos reboques, sugiro começar ainda hoje uma coleta de assinaturas para uma CPI”, disse Poubel.

A remoção para quilômetros de distância não deveria ocorrer, caso o Detran formalizasse convênios com municípios, informou o representante do Detro presente à reunião.

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