Rio

Alunos da rede estadual aprendem sobre igualdade racial durante todo o ano letivo

“Não existe um dia específico para que temas como diversidade, racismo e cultura sejam abordados”. A afirmação é de Tauã Gabriel, de 18 anos, aluno da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual Compositor Manaceia José de Andrade, em Madureira, Zona Norte do Rio, durante a apresentação do projeto “Étnico-Racial – Portela, a Majestade do Samba e suas Raízes”. A atividade faz parte das ações da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ) sobre a abordagem da história e da cultura afro-brasileira em todas as unidades escolares estaduais, com foco na Lei nº 10.639/2003.

Para que as ações sejam colocadas em prática, um comitê estadual étnico-racial acompanha e desenvolve diversos atos voltados para a valorização da cultura afro-brasileira, dos africanos e dos povos indígenas. A secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto, destaca a importância desse tipo de iniciativa integrar as grades curriculares do ensino.

“Esses movimentos realizados durante todo o ano letivo fortalecem a importância da promoção de cunho antirracista e tornam os nossos jovens conscientes, além de acabar de uma vez por todas com esta ideia de que há diferença entre as pessoas”, afirma a secretária.

Um exemplo de escolas que realizam trabalhos ao longo do ano com foco na promoção de políticas de igualdade racial é o Colégio Estadual Jorge Zarur, localizado na Zona Oeste do Rio, com atividades realizadas sobre a história e cultura negra.

“Os nossos alunos já estão habituados a conversar sobre essas culturas. A partir do conhecimento, você diminui o preconceito”, ressalta Marivalda Moreira, professora de Português e representante do Comitê de Diversidade na Metro IV pela unidade escolar.

No Ciep 476 Elias Lazaroni, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, estudantes e professores fizeram um desfile enaltecendo a consciência negra e a representatividade. A ação foi desenvolvida a fim de promover uma reflexão sobre identidade, ancestralidade, valores e contribuição da cultura afro-brasileira. A ideia foi valorizar e incentivar o pertencimento, afirmando a sua identidade nos alunos.

Combate ao racismo

Para a estudante Aynoá Silvério, da 2ª série do Ensino Médio, do Colégio Estadual Jorge Zarur, é mais que necessário que este tema seja abordado durante todo o ano letivo.

“A educação sobre isso é legal para que a gente cresça com a consciência de que racismo é algo ruim. Somos iguais, todos temos os mesmos direitos. Até porque, qual é a diferença aqui? – diz a estudante abraçando o seu melhor amigo, Wesley Narciso, que conhece de perto a necessidade de combater o racismo.

“Esses dias, eu estava com a minha irmã andando na rua, aí um carro passou e jogou bebida em cima dela só por ela ser negra. Achei uma coisa muito triste. Quando a pessoa sofre, ela sabe o quanto dói”, conta Wesley, emocionado, ao lembrar deste horrível episódio.

Toda a rede está promovendo ações, com iniciativas como o “Africanidades”, do Ciep E>Tec 021 General Osório, de Nova Iguaçu, e o “Okan: o Conhecimento Liberta”, do Colégio Estadual Elvídio Costa, de São Fidélis. Esse movimento não pode parar. A educação e o respeito às diferenças são a base de uma sociedade próspera e evoluída.

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