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Cláudio Castro no Show do Clóvis Monteiro: veja os destaques da entrevista!
Governador do Rio participou do Show do Clóvis Monteiro
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, participou de uma entrevista ao vivo no Show do Clóvis Monteiro, direto do estúdio da Super Rádio Tupi, na manhã desta segunda-feira (8).
Na conversa, Castro abordou a segurança pública no RJ, reconhecendo a preocupação da população e apresentando números de operações e investimentos. “Os dados realmente melhoraram muito, mas a sensação de segurança não está boa”, disse.
Segundo o governador, a polícia do Rio ampliou ações e resultados. “Foram 46 mil prisões no ano passado. Tiramos das ruas 15 mil armas, sendo 732 fuzis”, afirmou. Ele acrescentou que, só em janeiro deste ano, foram 84 fuzis, número superior ao segundo colocado do país em todo o ano passado.
Quais ações o governo implementou?
Castro destacou a recomposição de efetivos e infraestrutura. “A Polícia Civil passou de 7 mil para 10,5 mil membros. Reabrimos todos os IMLs. Já colocamos mais de 4 mil policiais e mais de 2 mil viaturas semi-blindadas”, pontuou. O governador também citou valorização profissional: “O salário da polícia que era o segundo pior do Brasil hoje é o terceiro melhor”.
Na tecnologia, o estado afirma atualizar sistemas anualmente. “O CICC deixou a tecnologia de ‘era da Copa’ e hoje se moderniza todo ano. A PM opera com mais de 70 drones — de reconhecimento facial, calor e noturno — e destinamos R$ 31 milhões ao Bope para materiais de alto nível”, disse.
O que mudou na atuação de rua?
De acordo com Castro, o programa Segurança Presente foi expandido. “Eram oito bases, depois vinte; agora são 54”, disse. Para enfrentar crimes praticados com motos, ele anunciou reforço: “Já compramos mais de 450 motos e espero entregar mais de 2 mil nas ruas”.
O governador também citou efeitos de decisões judiciais. “A ADPF que impedia ações em áreas específicas acabou, e os dados melhoraram. Mas ‘mato que cresceu’ não se apara de uma hora para outra”, comparou.
Como o governo propõe enfrentar a sensação de insegurança?
Castro defendeu continuidade e foco institucional. “A verdadeira política de segurança está na valorização das instituições. Não adianta lançar programa para ‘enfiar fortuna em publicidade’ e dizer que é o melhor”, afirmou. Ele disse buscar leis mais rígidas e alinhamento com o Judiciário: “Estamos lutando para mudar orientações que causam o ‘prende e solta’”.
O governador pediu integração entre entes. “O Rio não produz arma nem droga. Se tiramos 15 mil armas em um ano, quantas não estão em circulação?”, questionou. Ele citou lavagem de dinheiro: “Teve operação de R$ 32 bilhões via fintechs e bancos. O trabalho da polícia não aparece: quanto mais trabalha, mais arma e mais dinheiro surgem”.
Protocolos, mídia e redução de danos: o que ele propõe?
Castro reconheceu que operações geram transtornos e descreveu táticas de facções para jogar a população contra o Estado. “Quando sequestram ônibus ou atiram a esmo para causar pânico, isso é terrorismo”, afirmou. Ele defendeu aprimorar protocolos e um pacto com a imprensa: “Assim como não se divulga métodos de suicídio, não devemos reverberar metodologias que empoderem bandidos”.
No meio das ações anunciadas pelo governo, Castro listou:
- Recomposição de efetivos e reabertura de IMLs;
- Viaturas semi-blindadas e troca de fuzis;
- Drones de reconhecimento, calor e visão noturna;
- R$ 31 milhões ao Bope em equipamentos;
- Ampliação do Segurança Presente (54 bases);
- Mais de 450 motos já compradas; meta de 2 mil.
E a mudança legal que o governador defende?
O governador sugeriu rever o artigo 144 da Constituição, para ampliar a responsabilidade compartilhada. “Todos são responsáveis pela segurança pública”, resumiu, citando barreiras para atuar em rodovias federais e portos.
Ao final, reforçou a estratégia: “A gente quer acertar. Inteligência e integração seguirão orientando as operações. Tem coisa que dá para prever, outras não. Mas protocolo e comunicação estão sendo aprimorados”.
Castro avalia manifestações no 7 de Setembro
Castro avaliou os atos do 7 de Setembro deste domingo e defendeu a importância do voto como decisão soberana. “Deixa os dois irem para a urna e que o povo brasileiro escolha o modelo de país que quer”, afirmou, ao citar a capacidade de mobilização de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.
Castro fez críticas à condução da economia pelo governo federal, afirmando que o modelo atual “perdeu a validade”. Para ele, os dados oficiais não refletem a realidade. “Não existe pleno emprego. O que temos é recorde de pessoas em programas de benefício, mas sem renda real. A vida do cidadão não está boa”, disse. O governador também apontou que o Brasil “está perdendo oportunidades absurdas” em setores como energia limpa e tecnologia de data centers.
Sobre os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos, Castro alertou para os riscos sobre a indústria. “O Rio de Janeiro é líder em aço laminado do Brasil, e isso pode impactar nossas empresas”, afirmou.
O que mudou na saúde do Rio de Janeiro?
Cláudio Castro também apresentou balanço das ações de sua gestão em áreas como saúde e segurança pública, além de comentar projetos em análise pela Alerj. O governador afirmou que a pandemia deixou um aprendizado para o setor e gerou um “ciclo positivo da saúde” no estado.
“Começamos reformando todas as UPAs, depois os hospitais, implantamos o SAMU 100% e ainda criamos as motolâncias. Hoje, o Rio é o único estado com atendimento do SAMU em todos os municípios”, disse.
Segundo ele, o governo investe mais de R$ 2 bilhões por ano em cofinanciamento para apoiar redes municipais. “Não adianta ter hospital do estado de ponta e o municipal sucateado. A população precisa ser atendida em qualquer lugar”, destacou. Castro também lembrou que o Centro de Imagem de Nova Iguaçu já realizou 1,7 milhão de procedimentos em dois anos, e que a meta é universalizar exames de cardiologia e oncologia até 2026, zerando filas.
Quais obras hospitalares estão em andamento?
O governador citou a expansão da rede oncológica, com 90% das obras concluídas do Hospital do Câncer de Friburgo, e a construção da unidade de Nova Iguaçu, que funcionará integrada ao Rio Imagem. “A população daquela região não aguenta mais esperar. Por isso dividimos a obra em duas fases e a primeira entrega será feita até o fim do ano”, afirmou.
Ele também ressaltou o trabalho do Instituto Estadual do Olho, que já realizou mais de mil cirurgias de catarata e atendeu pacientes de 66 municípios.
Veja a entrevista na íntegra: