Rio
Após megaoperação, cariocas enfrentam superlotação no transporte público; veja opções
Trens, metrô e barcas registraram grande movimento no fim da tarde; veja interdições e opções de transporte
A volta para casa dos cariocas foi marcada por filas e aglomerações em diversos pontos da cidade na tarde desta terça-feira (28), após um dia de tensão e bloqueios causados pela reação de criminosos à megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.
Na Central do Brasil, o movimento foi intenso desde o fim da tarde, com longas filas de trabalhadores tentando retornar para casa. Situação semelhante foi registrada na Praça XV e em várias estações do metrô.
Apesar do grande fluxo, os principais modais — metrô, trens e barcas — operavam normalmente por volta das 15h50, segundo as concessionárias. A exceção era o BRT, que apresentava intervalos irregulares devido a interdições e retenções em corredores viários.
Trens e metrô tiveram reforço nos horários de pico; barcas funcionam normalmente

A SuperVia informou que ampliou a oferta de trens durante o pico vespertino para atender ao aumento da demanda. O MetrôRio também anunciou reforço na grade de circulação e redução dos intervalos entre composições.
Nas barcas, o movimento foi intenso, mas sem registro de atrasos. Passageiros relataram espera superior à média em horários intermediários, mas o sistema manteve a operação dentro da normalidade.
Bloqueios em vias e situação operacional da cidade
O Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio informou que o município entrou em Estágio 2 às 13h48, em razão das ocorrências policiais que provocaram interdições em diversas vias das zonas Norte, Oeste e Sudoeste.
O Centro de Operações e Resiliência do Rio informou que as seguintes vias estão impactadas pelas ocorrências policiais que acontecem na cidade nesta terça-feira (28):
Interdições
- Av. Paulo de Frontin interditada, na altura da Rua do Bispo, sentido Centro;
- Praça Marechal Hermes, na altura do INCA, no Santo Cristo;
- Linha Vermelha, sentido Baixada, na altura da Maré;
- Avenida Pastor Martin Luther King Junior, no Engenho da Rainha
- Rua Barão do Bom Retiro, próximo à Rua Araújo Leitão, no Engenho Novo
- Avenida Brasil, ambos os sentidos, em Benfica
- Avenida Vinte de Janeiro, altura do Aeroporto Internacional, no Galeão
- Avenida Brasil, altura do Piscinão de Ramos, sentido Centro, na Maré
- Avenida Brasil, altura da saída da Ilha, sentido Centro, na Maré
- Linha Vermelha, sentido Baixada, na Pavuna
- Avenida Brasil, altura de Fazenda Botafogo, sentido Centro, em Barros Filho
- Estrada Adhemar Bebiano, no Engenho da Rainha
- Rua Dias da Cruz, altura da Rua Camarista Méier, no Méier
- Avenida Marechal Rondon, em São Francisco Xavier
- Estrada Miguel Salazar Mendes de Morais, na Taquara
- Estrada do Itararé, em Ramos
- Avenida Itaóca, em Inhaúma
- Avenida Chrisóstomo Pimentel de Oliveira, em Anchieta
- Avenida Brasil, altura do viaduto de Deodoro, sentido Centro, em Deodoro
- Avenida Brasil, pista lateral, altura do BRT Guadalupe, sentido Zona Oeste, em Guadalupe
Vias Liberadas
- Linha Vermelha, sentido Centro, na Marébloqueios pontuais durante a tarde, devido à atuação de criminosos em resposta à operação policial.
- Rua Riachuelo, altura da Avenida Gomes Freire, na Lapa
- Linha Vermelha, sentido Centro, na altura da Maré.
- Avenida Ernani Cardoso, altura do supermercado Guanabara, em Cascadura
- Linha Amarela, na Cidade de Deus
- Rua Vinte e Quatro de Maio, no Sampaio
- Rua Edgar Werneck, altura do Giro do Cebolinha, na Freguesia (Jacarepaguá)
- Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, sentido Jacarepaguá, no Lins
- Linha Amarela, altura do pedágio, sentido Barra, em Água Santa
- Linha Amarela, altura da Avenida Geremário Dantas, sentido Fundão, na Freguesia (Jacarepaguá)
A prefeitura desmentiu informações divulgadas em redes sociais que afirmavam que o Estágio Operacional 4 — o segundo mais grave — teria sido decretado. Segundo o município, a cidade permaneceu em Estágio 2 durante toda a tarde.
Contexto da operação
Os transtornos no trânsito e no transporte público ocorreram no mesmo dia em que o governo estadual realizou a Operação Contenção, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, com mais de 60 mortos e 81 presos.
A ação, que mobilizou 2.500 agentes, teve como alvo integrantes do Comando Vermelho (CV) e provocou reações violentas em diferentes regiões da cidade, resultando em barricadas, incêndios e bloqueios em avenidas.