Rio
Após nove meses internado, piloto baleado em helicóptero da polícia deixa hospital
Felipe Marques Monteiro foi atingido na cabeça durante ação na Vila Aliança, em marçoO piloto de helicóptero da Polícia Civil Felipe Marques Monteiro, de 45 anos, recebeu alta hospitalar na tarde desta segunda-feira (15), após nove meses internado. Ele foi baleado na cabeça durante uma operação policial na Vila Aliança, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Felipe estava internado no Hospital São Lucas, em Copacabana, desde março. Agora, ele será transferido para uma unidade de saúde voltada à reabilitação.
Como foi a recuperação do piloto?
Segundo o gerente da Clínica Médica do Hospital São Lucas Copacabana, Renato Ribeiro, o policial permaneceu mais de sete meses sob cuidados intensivos. Durante esse período, passou por diversas neurocirurgias e outros procedimentos médicos.
Felipe teve comprometimento da calota craniana, perdeu cerca de 40% do crânio e ficou em coma por um longo período. Recentemente, ele havia deixado o CTI e sido transferido para o quarto.
“A jornada do Felipe ainda não acabou. Hoje ele sai do Hospital São Lucas Copacabana para uma unidade de saúde com foco em reabilitação”, afirmou Renato Ribeiro.
Quais cirurgias Felipe realizou?
Ao longo da internação, o piloto passou por pelo menos três cirurgias. A primeira foi realizada logo após o ataque, ainda em março.
As outras intervenções tiveram como objetivo tratar um pseudoaneurisma e implantar uma prótese craniana para reparar os ossos do crânio danificados pelo disparo.

Como ocorreu o ataque ao helicóptero?
Felipe foi baleado em 20 de março, quando sobrevoava a Vila Aliança em um helicóptero do Serviço Aeropolicial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A aeronave foi alvo de tiros disparados por criminosos armados.
O policial foi atingido por um tiro de fuzil na região da testa, que perfurou o crânio. No dia seguinte, em 21 de março, ele foi transferido para o Hospital São Lucas.
Há suspeitos presos pelo ataque?
Um dos suspeitos de participar do ataque ao helicóptero foi preso em maio. Outros envolvidos seguem foragidos, segundo a Polícia Civil.
O caso segue sob investigação.
O que disse a família do piloto?
Keidna, familiar de Felipe, publicou uma mensagem nas redes sociais após a saída do CTI. “Recebemos a tão esperada alta do CTI e seguimos para o quarto do hospital”, escreveu.
