Rio
Governo do Rio apreende R$ 12,8 milhões em armas de guerra em um dia
Ação integrada entre as polícias Civil e Militar retirou 93 fuzis dO Governo do Estado do Rio de Janeiro realizou uma das maiores apreensões de armas de guerra já registradas no país. A operação conjunta entre as Polícias Civil e Militar, nos complexos do Alemão e da Penha, resultou em um prejuízo estimado de R$ 12,8 milhões ao crime organizado, segundo a Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE).
Foram recolhidas 120 armas, sendo 93 fuzis, além de explosivos, munições, drogas e equipamentos militares usados pelo Comando Vermelho. O material apreendido revela o poder bélico das facções e o alcance de suas conexões internacionais.
De onde vieram as armas apreendidas?
A investigação da Polícia Civil identificou que parte do arsenal veio de diversos países, como Venezuela, Argentina, Peru, Bélgica, Rússia, Alemanha e Brasil. Entre os modelos encontrados estão fuzis AK-47, AR-10, G3, FAL e AR-15, utilizados em zonas de guerra como Síria e Iêmen.
Algumas armas foram desviadas das Forças Armadas, enquanto outras foram montadas com peças contrabandeadas ou compradas legalmente pela internet.

O impacto da operação no crime organizado
O governador Cláudio Castro destacou que cada fuzil retirado de circulação representa “uma vida salva” e reforçou o compromisso do Estado em “enfrentar quem lucra com o medo e a morte”.
O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que o rastreamento do armamento é essencial para atingir o núcleo financeiro das facções e enfraquecer o narcotráfico. “Estamos diante de um arsenal típico de cenário de guerra”, disse o delegado.
Expansão das facções e próximos passos da investigação
Segundo o delegado Vinícius Domingos, da CFAE, algumas armas traziam inscrições de grupos criminosos de outros estados, como a “Tropa do Lampião”, associada ao Comando Vermelho.
Os fuzis apreendidos passam por perícia e terão os dados compartilhados com o Exército Brasileiro para identificar a origem dos armamentos desviados. O caso segue sob investigação.