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Rio

Ato ecumênico no baobá do Parque Madureira celebra a diversidade no dia de São Sebastião

Evento reuniu sete representantes de distintas matrizes religiosas

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(Foto: Divulgação/SMAC)

(Foto: Divulgação/SMAC)

Conhecido como “Árvore da Vida”, o baobá do Parque Madureira, na Zona Norte do Rio, testemunhou, nesta quarta-feira (20), feriado de São Sebastião, um grande encontro de respeito e congraçamento entre diferentes religiões. O ato ecumênico reuniu sete representantes de distintas matrizes religiosas.

O local escolhido foi simbólico: a árvore é “filha” do famoso baobá “João Gordo”, arrancado de uma praia de Paquetá em julho de 2020. Organizado pela Secretaria de Meio Ambiente, o evento contou com a presença do secretário de Cultura, Marcus Faustini, da secretária de Assistência Social, Laura Carneiro, da secretária de Conservação, Anna Laura Secco, e do subprefeito da Zona Norte, Diego Vaz.

O evento contou com a participação de passistas das escolas de samba Portela, Império Serrano e Em Cima da Hora. O baobá havia sido plantado em 20 de novembro de 2020 no parque, numa comemoração pelo Dia da Consciência Negra, por integrantes da Portela, em articulação do movimento Planta Paquetá. A simbologia e a história das imponentes árvores de origem africana serão retratadas no enredo “Igi Osè Baobá”, dos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage, que a azul-e-branco de Osvaldo Cruz e Madureira apresentará no próximo carnaval. Um baobá chega a viver mais de mil anos.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere, destacou que a simbologia do baobá, que alude a resistência e pertencimento, é fundamental para o Rio recuperar o protagonismo na agenda ambiental. “O Rio, e particularmente bairros da Zona Norte, sofrem com a ausência de árvores. Que esse ato inspire a todos. Vamos distribuir os recursos naturais para as áreas que mais precisam”, afirmou Cavaliere. A mobilização pelo meio ambiente vai muito além da Secretaria, e a restauração ambiental é ponto de contato do diálogo interreligioso.

Debaixo de forte calor, representantes religiosos fizeram um abraço simbólico ao baobá. E rezaram a oração de São Francisco. O sacerdote do Candomblé Bantu Lemba Dyala, reforçou a importância do baobá: “Daqui a cem anos vai ter sombra, mas vai ter também memória”.

“Viemos defender a ecologia, que faz parte da nossa luta”, disse Alana Morgana Bruxa, da União Wicca do Brasil. “Não destruam as árvores. Nelas estão os frutos que vão manter a vida”, reforçou Paulo Maltz, da Federação Israelita do Rio.

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