Audiência do caso Henry Borel é retomada com depoimentos de Jairinho e Monique Medeiros

A audiência de instrução e julgamento do processo que apura a morte do menino Henry Borel será retomada nesta quarta-feira (09), a partir das 09h30, com os depoimentos do ex-vereador Jairo Souza dos Santos Júnior, o Jairinho, e da professora Monique Medeiros da Costa e Silva. A sessão irá marcar o encerramento da primeira fase e do ciclo de oitivas com as testemunhas de acusação e de defesa.

Os advogados Lúcio Adolfo, Telmo Bernardo, Eric de Sá Trotte e Bruno Albernaz, que recém assumiram a defesa de Jairinho, ainda tentaram adiar o interrogatório dele e da mãe do garoto alegando que precisavam de mais tempo para instruir o cliente. No entanto, a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da Capital, negou o pedido nessa terça-feira (08).

“Verifico que a audiência está marcada desde 15 de dezembro de 2021, portanto, há quase dois meses, certo que a nova defesa recebe a causa no estado em que se encontra, até porque foi constituída com pelo menos 14 dias de antecedência do ato, prazo que se afigura suficiente para que possa orientar seu defendente para o momento do interrogatório do acusado, que depõe sobre fatos e não sobre conclusões periciais”, escreveu Elizabeth Machado Louro, ao indeferir o pedido dos novos advogados do ex-vereador.

A juíza ainda reforçou o esforço em dar ao processo o ritmo mais célere possível. Todavia, a magistrada ressaltou que isto tem sido feito sem “atropelar as garantias asseguradas constitucionalmente e pela lei processual penal”.

Relembre o caso

Henry Borel, filho de Monique e enteado de Jairinho, faleceu em 08 de março do ano passado. Segundo o inquérito policial, o menino, de quatro anos de idade, teria sido vítima de torturas realizadas no apartamento do casal, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. No dia da morte, o garoto foi levado para o Hospital Barra D’Or, mas já chegou sem vida ao local.

Apontados como os responsáveis pelo crime, Monique Medeiros e Jairinho estão presos desde 08 de abril de 2021 e foram denunciados pelo Ministério Público pela prática de homicídio qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, os dois respondem pelos crimes de tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.