Light e Polícia Civil desarticulam esquema de furto de energia na Baixada

Três pessoas foram levadas à delegacia nesta quinta-feira (13) durante uma operação conjunta da Light e da Polícia Civil nos municípios de Mesquita e Nilópolis, na Baixada Fluminense. A ação visa identificar e coibir ligações clandestinas de energia elétrica, conhecidas como “gatos de luz”.

Onde ocorreram as fraudes e o que foi descoberto?

Durante as fiscalizações, as equipes constataram que uma padaria de médio porte desviava energia suficiente para abastecer 50 residências. Também foram identificadas irregularidades em um restaurante, uma casa de carnes, uma loja de roupas e uma fábrica de gelo.

Segundo os técnicos, as ligações ilegais derivavam energia antes da medição, caracterizando furto previsto no artigo 155 do Código Penal. Além do crime, o desvio representa risco grave à segurança e compromete a qualidade do fornecimento elétrico.

Qual a dimensão da operação?

A ofensiva mobiliza mais de 500 profissionais, com apoio da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD), do 20º Batalhão da Polícia Militar, do Programa Estadual de Integração na Segurança (PROEIS) e de peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

“A Light tem o compromisso de aprimorar continuamente a qualidade do serviço prestado à população. O combate ao furto de energia é fundamental para assegurar mais estabilidade e confiabilidade no fornecimento”, afirmou Jéssica Almeida, gerente de Serviços Comerciais da Light.

Quais são os impactos do furto de energia?

De janeiro a outubro de 2025, a Light regularizou cerca de 2.400 ligações clandestinas e normalizou mais de 118 mil instalações irregulares. No total, foram recuperados 132 GWh — energia suficiente para abastecer 54 mil residências por um ano.

Mesmo com ações diárias, o prejuízo com furtos de energia chega a R$ 1,3 bilhão por ano. Atualmente, a cada 100 clientes regulares da Light, 40 praticam o crime.

Como o problema afeta o fornecimento?

Os “gatos” sobrecarregam os transformadores e aumentam as interrupções no sistema. Entre dezembro de 2024 e abril de 2025, 1.320 transformadores queimaram por sobrecarga, deixando 400 mil clientes sem energia.

A Light afirma que continuará intensificando as ações de combate às fraudes para garantir segurança, estabilidade e eficiência no fornecimento elétrico.