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Duas barcas são interditadas durante vistoria técnica, no Rio

Fiscalização encontrou vazamentos de óleo, falta de manutenção e más condições para passageiros nas linhas da Ilha do Governador e Niterói

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Duas embarcações que operam o transporte aquaviário no Rio de Janeiro foram interditadas pela Marinha do Brasil após a constatação de vazamentos de óleo e outras falhas estruturais durante uma vistoria realizada na manhã desta terça-feira (14).

A fiscalização foi conduzida pela equipe do deputado estadual Marcelo Dino (União-RJ), no Terminal do Cocotá, na Ilha do Governador, e contou com representantes da Marinha, da Secretaria Estadual de Transportes (CETRANS), da Getransp, e das Comissões de Transportes e de Meio Ambiente da Alerj.

Quais barcas foram interditadas?

Das cinco embarcações vistoriadas, duas foram interditadas: a Gávea 1, que liga a Ilha do Governador à Praça XV, e a Corcovado, que faz o trajeto Praça XV–Niterói.
Ambas apresentavam vazamento de óleo na casa de máquinas e ausência de condições mínimas de operação, segundo a Marinha.

O que a vistoria encontrou?

Durante a inspeção, a equipe técnica identificou uma série de irregularidades e problemas operacionais, incluindo:

  • Barcas sucateadas e sem manutenção adequada;
  • Falta de ar-condicionado funcional — das cinco embarcações, apenas três possuem sistema, e mesmo assim, ineficiente;
  • Ausência de acessibilidade plena para cadeirantes, com rampas móveis dependentes de servidores;
  • Banheiros precários, bebedouros sem água e coletes mofados;
  • Superlotação nas linhas Praça XV–Ilha do Governador e Praça XV–Charitas;
  • Falta de kit de primeiros socorros a bordo;
  • Poucos horários disponíveis para moradores da Ilha do Governador, com apenas três travessias diárias;
  • Ausência de integração tarifária, obrigando o passageiro a pagar nova passagem para chegar a Niterói.

“Serviço precário, inseguro e desumano”, diz deputado

O deputado Marcelo Dino criticou o estado das embarcações e cobrou melhorias imediatas:

“O usuário das barcas não pode ser penalizado com transporte precário, inseguro e desumano. Não basta reduzir o valor da passagem se o serviço não oferece dignidade”, afirmou o parlamentar.

Ele também apontou conflito de interesses na fiscalização contratual, já que a Secretaria de Transportes é responsável tanto pela contratação quanto pela fiscalização da empresa Barcas Rio, que opera o sistema. Para Dino, isso reforça a necessidade de recompor a Getransp como órgão regulador independente.

Barcas com falhas e operação reduzida

Atualmente, a Barcas Rio opera cinco embarcações, sendo três com ar-condicionado e duas sem, mas o sistema de refrigeração não suporta a demanda quando há lotação.

Ainda nesta terça-feira (14), às 17h30, o deputado deve vistoriar a barca Charitas, considerada a mais crítica. Segundo o relatório preliminar, a embarcação é pequena, tem ventilação deficiente e superlotação constante — diferente da barca homônima que faz o trajeto para a Região Oceânica de Niterói.

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