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Baixada Fluminense

PF faz operação contra fraudes no INSS; desvio causou prejuízo de R$ 21 milhões

Investigação evitou o desvio de R$ 110 milhões. Funcionários do INSS, advogados, despachantes e um escrevente participavam do esquema criminoso

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Policiais federais em uma agência do INSS em Japeri, na Baixada Fluminense
Policiais federais em uma agência do INSS em Japeri, na Baixada Fluminense (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal realiza, na manhã desta quinta-feira (09), uma operação para desarticular um grupo criminoso acusado de fraudar benefícios da previdência social na Baixada Fluminense e na Capital Fluminense.

De acordo com a PF, a Operação “União Póstuma” conta com o apoio de 80 policiais federais, que cumprem 31 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal de São João de Meriti.

Policiais federais em uma agência do INSS em Japeri, na Baixada Fluminense
Policiais federais em uma agência do INSS em Japeri, na Baixada Fluminense (Foto: Divulgação)

A investigação apurou que os criminosos falsificavam documentos públicos e particulares, como selos e sinais de autenticação cartorais, que eram utilizados para requerer os benefícios do INSS, entre elas pensões por morte.

Cerca de 700 benefícios com indícios de irregularidades que geraram um desvio de R$ 21 milhões foram contatados pela Polícia Federal.

Para conseguir o benefício, os investigados forjavam relações conjugais inexistentes com segurados falecidos que não deixaram nenhum dependente válido.

Funcionários do INSS também contribuíram com o crime, movimentando os sistemas informatizados da Previdência Social. Advogados, despachantes e, até mesmo, um escrevente participavam do esquema.

O afastamento dos investigados de funções públicas, além do sequestro de bens e a suspensão de benefícios foi pedido pela Justiça.

A operação desta quinta evitou o prejuízo de R$ 110 milhões aos cofres públicos.

Os investigados vão responder pelos crimes de estelionato previdenciário, associação criminosa, falsificação de documento público e particular, uso de documento falso e peculato eletrônico, em que as penas, se somadas, ultrapassam 15 anos de reclusão.
 

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