Suplente de Gabriel Monteiro toma posse como vereador em cerimônia na Câmara do Rio

Matheus Gabriel Silva, conhecido como Matheus Floriano (PSD), tomou posse como vereador pela cidade do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira (23), em cerimônia realizada no plenário da Câmara do Rio. Ele assumiu a vaga deixada por Gabriel Monteiro (PL), que foi cassado na última quinta-feira (18) por quebra do decoro parlamentar. 

Filho do ex-deputado federal e pastor da Igreja Mundial do Poder de Deus Francisco Floriano, Matheus teve a convocação para assumir o posto publicada na edição da última segunda-feira (22) do Diário Oficial da Câmara. Esta será segunda passagem dela pela Casa, onde já ocupou a vaga de Carlo Caiado (Sem Partido) entre abril de 2019 e maio de 2020, quando este último atuou na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

“Não queria estar tomando posse nessas condições, mas fico feliz por poder honrar os votos que tive e poder trabalhar pela população. Quero contribuir com a discussão do Plano Diretor, um marco importantíssimo para o desenvolvimento da nossa cidade, bem como implementar novas ideias para ajudar os pequenos e microempreendedores da nossa cidade, sobretudo simplificando o ambiente de negócios”, disse Matheus Floriano, logo após ser empossado. 

Para o presidente da Câmara, o vereador Carlo Caiado, a vinda de Matheus será um ganho para as importantes discussões que terão pauta no parlamento neste segundo semestre. “Matheus Floriano já atuou como parlamentar e teve um papel brilhante. Tenho certeza que ele vai trazer qualidade e conhecimento de causa para nos ajudar por exemplo na discussão da revisão do Plano Diretor, que impactará no desenvolvimento sustentável, econômico e urbanístico da nossa cidade”, destacou.

Plenário da Câmara do Rio aprova cassação de Gabriel Monteiro por 48 votos a 2

A cassação do então vereador Gabriel Monteiro foi aprovada pelo plenário da Câmara do Rio, na noite da última quinta-feira, após mais de seis horas de sessão. Na ocasião, dos 50 votos possíveis, 48 foram pela perda do mandato e dois pela manutenção.

Apenas o vereador Chagas Bola (União Brasil) e o próprio Gabriel Monteiro votaram contra a cassação. Já Carlos Bolsonaro não participou da sessão por estar licenciado do cargo para cuidar das mídias sociais do pai, o presidente da República Jair Bolsonaro (PL), que é candidato à reeleição.

Entre as acusações que serviram de base para o processo ético disciplinar contra Gabriel Monteiro estão a filmagem de cena de sexo explícito com adolescente de 15 anos, agressão e ameaça à pessoa em situação de rua, edição e manipulação de vídeos monetizados e exposição vexatória de crianças. Mesmo assim, ele poderá se candidatar ao cargo de deputado federal nas eleições de outubro, pois a cassação se deu depois do prazo para registro de candidatura.