Rio
Casos de hepatite A dobram no Rio e atingem principalmente jovens
Doença viral soma 478 ocorrências até agosto e atinge principalmente jovens; vacina está disponível em grupos prioritários no SUS
A cidade do Rio de Janeiro registrou um crescimento preocupante dos casos de hepatite A neste ano. De janeiro a agosto, foram confirmados 478 diagnósticos, o dobro em comparação ao mesmo período de 2024, quando 239 ocorrências haviam sido contabilizadas.
A doença é causada por um vírus transmitido principalmente por via fecal-oral, ou seja, por ingestão de água ou alimentos contaminados ou pelo contato com fezes infectadas.
Quem está sendo mais afetado pela doença?
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, os números chamam a atenção pelo perfil das vítimas: a maioria é composta por jovens em idade sexual ativa. Ele destacou que o aumento também tem resultado em internações.
Segundo Soranz, o cenário reforça a necessidade de prevenção e da vacinação gratuita disponível no SUS.
Quem pode se vacinar contra a hepatite A no SUS?
Atualmente, a vacina está disponível para grupos prioritários:
- Crianças de 1 a 5 anos;
- Pessoas imunossuprimidas;
- Pacientes com doenças hepáticas;
- Pessoas em uso da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição);
- Profissionais do sexo.
O acompanhamento médico é oferecido em todas as unidades básicas de saúde do município.
Como se prevenir da hepatite A?
Além da vacinação, especialistas recomendam cuidados básicos de higiene:
- Lavar bem as mãos após usar o banheiro, trocar fraldas e preparar alimentos;
- Higienizar frutas, verduras e legumes antes do consumo;
- Cozinhar corretamente carnes e peixes;
- Evitar contato com esgoto, fezes ou áreas alagadas;
- Usar preservativos nas relações sexuais.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça que a hepatite A pode trazer complicações graves e que a prevenção é a forma mais eficaz de conter a doença.