Chinês que deu corpo de jovem a pit bulls tem prisão decretada

A Justiça do Rio decretou a prisão de Zhaohu Qiu, chinês de 35 anos acusado de matar de forma brutal a jovem Marcelle Júlia Araújo, de 18 anos, na Pavuna, Zona Norte do Rio. O crime, que aconteceu no Dia dos Namorados, chocou moradores da região.

O corpo da jovem foi esquartejado e parcialmente devorado por cães da raça pit bull. Segundo as investigações, Zhaohu atraiu Marcelle até sua casa oferecendo uma cesta de produtos e, após matá-la por asfixia, colocou o corpo em um carrinho de supermercado e o levou até uma outra residência, na comunidade Beira Rio, onde os cães estavam. Desde então, ele está foragido.

Justiça decretou prisão por feminicídio

O pedido de prisão temporária foi feito pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e autorizado pelo Plantão Judiciário da Comarca da Capital no último sábado (14). A polícia trata o caso como feminicídio, com agravantes de crueldade e premeditação.

Amigos da vítima afirmam que o autor do crime era obcecado por Marcelle, mas não era correspondido. “Ele oferecia comida de graça, chamava as meninas pra casa dele. Era doente pela Marcelle”, disse uma amiga da jovem.

Zhaohu vivia no Brasil há cerca de nove anos e atuava como vendedor de yakissoba na região. Imagens de câmeras de segurança mostraram a vítima chegando de bicicleta à casa dele, e depois, o suspeito empurrando um carrinho com uma lona azul — onde o corpo foi encontrado.

Disque Denúncia divulga cartaz e pede ajuda

O Disque Denúncia divulgou um cartaz com a imagem do acusado, que também é conhecido pelo apelido de “Xau”, e pede informações que levem à sua prisão.

Quem souber o paradeiro de Zhaohu Qiu pode denunciar pelos canais abaixo. O anonimato é garantido:

• Central de atendimento: (021) 2253-1177 ou 0300-253-1177
• WhatsApp: (021) 2253-1177
• Aplicativo: Disque Denúncia RJ

Família devastada

Segundo familiares, Marcelle perdeu o pai recentemente e a mãe está em estado de choque, sem condições de acompanhar os trâmites. A tia da vítima, Cláudia Luciana, relatou que a jovem ficou irreconhecível e precisou ser identificada por digitais.

“Foram requintes de crueldade. Ele planejou tudo achando que os cachorros destruiriam o corpo e ninguém descobriria nada”, disse, emocionada.