Cláudio Castro nomeia Priscila Sakalem como secretária de Transportes

O governador Cláudio Castro nomeou Priscila Sakalem como nova secretária de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, poucas horas após confirmar a exoneração de Washington Reis. A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial, oficializando a substituição em meio a um embate político que ganhou força nos bastidores do Palácio Guanabara.

Priscila, especialista em Direito Tributário, integra o governo estadual desde 2020 e, até então, exercia a função de chefe da assessoria do Gabinete do Governador. Sua nomeação já havia sido antecipada pela imprensa, e Castro destacou a escolha como estratégica para manter os projetos da pasta em andamento.

Qual o perfil da nova secretária de Transportes?

Ao comentar a escolha, Castro declarou: “Priscila é uma técnica muito capacitada e da minha inteira confiança. É uma profissional que sabe dialogar na busca de resultados efetivos para os projetos.”

A decisão, segundo ele, visa garantir alinhamento político e técnico à gestão estadual. Apesar das críticas, o governador agradeceu a Washington Reis pelos serviços prestados à frente da secretaria.

Troca de comando revela disputa política com foco em 2026?

O movimento político envolvendo a exoneração e a nomeação ganhou um pano de fundo mais amplo: as eleições estaduais de 2026. Castro deixou claro que o debate sobre a sucessão no Palácio Guanabara precisa passar pelos presidentes dos partidos aliados, e não por decisões unilaterais.

“Este assunto será discutido pelos presidentes de partidos do nosso campo político, já que a sucessão ao governo estadual é um projeto coletivo, e não de um desejo pessoal e descoordenado”, concluiu o governador.

Por que a saída de Washington Reis gerou tensão política?

A exoneração de Reis foi determinada na semana passada pelo presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), que assumiu o governo de forma interina durante a viagem de Castro a Portugal. A demissão ocorreu sem prévio diálogo com o governador, o que gerou desconforto dentro da base aliada.

Apesar de manter a exoneração, Castro foi direto ao criticar o gesto: “A demissão do secretário Washington Reis vinha sendo tratada e discutida, nas últimas semanas (…). Ela já estava em minha previsão e seria realizada após o retorno do meu período de férias. Este fato não justifica o ato intempestivo e desrespeitoso do presidente da Assembleia”, escreveu o governador.