Corpo de Bombeiros do Rio é exemplo em atenção à saúde mental da tropa

Pioneiro na atenção à saúde mental da tropa, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) vem inspirando outras forças de Segurança com o projeto Salvare. A iniciativa, desenvolvida há dois anos pela Seção de Psicologia em Desastres da corporação, vem sendo estudada como modelo de cuidado preventivo e humanizado, visando à qualidade de vida e ao bem-estar dos militares.

As atividades são desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar que conta com psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais da corporação. O objetivo é informar, orientar e oferecer reflexão sobre temáticas em saúde mental que estão no debate mundial, dando voz e vez aos bombeiros para que possam compartilhar suas histórias pessoais e assuntos que não costumam conversar na rotina diária, favorecendo a descompressão emocional.

As ações têm caráter preventivo e ajudam a antever situações que contribuem para o adoecimento psíquico do militar, evitando que a falta de diálogo e atenção levem ao desenvolvimento ou agravamento de doenças.

• O projeto desenvolvido no Corpo de Bombeiros é referência. Estamos participando, como colaboradores, da atualização do protocolo operacional em Saúde Mental da Secretaria de Estado de Polícia Civil. Também fomos convidados para apresentar o Salvare para o Exército Brasileiro – afirmou o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do CBMERJ, coronel Leandro Monteiro.

Desde 2022, mais de 1 mil bombeiros já foram beneficiados com técnicas de psicoeducação, dinâmicas de grupo, reflexões e debates sobre filmes com temática relacionada à busca de Sentido e Propósito de Vida. Este ano, o trabalho aborda o Bem-Estar Digital, incluindo a forte influência do mundo tecnológico e das redes sociais em nosso cotidiano.

O projeto acontece de forma itinerante nos quartéis. Outra marca importante é envolver, direta ou indiretamente, os familiares dos bombeiros nas ações propostas.

• O Projeto Salvare cuida do humano que veste a farda. Reforça a importância da esperança em dias melhores, do valor do vínculo afetivo nas relações humanas, do sentimento de empatia e da necessidade de nos importarmos mais com o outro – afirmou a tenente-coronel Eliane Cristine, coordenadora do projeto.