Rio
Corpo de idoso pode ter ficado até 2 anos em casa na Ilha do Governador
IML confirma que a morte ocorreu há pelo menos seis meses; irmãos seguem sob custódia judicialA 37ª Delegacia de Polícia divulgou nesta quarta-feira (4) que o laudo cadavérico emitido pelo Instituto Médico-Legal (IML) aponta que o idoso Dário Antonio Raffaele D’Ottavio, encontrado morto no último mês, pode ter falecido há até dois anos. O corpo foi achado em avançado estado de decomposição dentro de uma residência na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.
O documento pericial confirma que a morte ocorreu há no mínimo seis meses, mas não descarta a possibilidade de o óbito ter ocorrido bem antes — o que corrobora depoimentos de testemunhas, que afirmaram não ver o idoso há cerca de dois anos.
O que acontece agora com os irmãos do idoso?
Dois familiares da vítima seguem como alvos da investigação. O exame de sanidade mental dos indiciados já foi representado ao Poder Judiciário, e aguarda decisão para autorização formal.
Enquanto isso, Marcelo, um dos filhos de Dário, permanece internado no Hospital Psiquiátrico Philippe Pinel. Já Tânia, irmã de Marcelo, foi transferida para a custódia da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP).
Como o caso veio à tona?
O caso chocou a vizinhança e ganhou repercussão após a descoberta do cadáver em condições extremas dentro do imóvel. A situação chamou atenção pelas suspeitas de negligência, abandono e possível ocultação de cadáver, que estão sendo apuradas pela polícia.
A investigação continua sob responsabilidade da 37ª DP (Ilha do Governador), que aguarda os desdobramentos judiciais para dar sequência às medidas cabíveis.