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Corregedoria prende cinco PMs por crimes em ação mais letal do Rio

Prisões ocorreram após análise de bodycams que registraram o furto de um fuzil

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

Cinco policiais do Batalhão de Choque foram presos nesta sexta-feira pela Corregedoria da PM do Rio, acusados de cometer crimes durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão em 28 de outubro. As detenções ocorrem após vídeos das bodycams registrarem o furto de um fuzil, supostamente revendido a criminosos. A ação integra uma investigação que apura outros ilícitos praticados no dia da operação.

A operação desta sexta-feira cumpriu 10 mandados de busca e apreensão e incluiu a análise detalhada das gravações corporais dos agentes investigados. Ao todo, dez policiais do Choque estão sob apuração, sendo cinco presos e cinco alvo apenas de buscas. A investigação é conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, com foco principal na venda ilegal do fuzil apreendido.

Como foi a megaoperação na Penha e no Alemão?

A ação de 28 de outubro é considerada a mais letal da história do Rio, com 122 mortos e 113 prisões. Cinco agentes também morreram no confronto, que resultou na apreensão de 118 armas, entre elas 91 fuzis. Os alvos eram integrantes do Comando Vermelho, e a operação foi antecipada após um confronto entre facções rivais na madrugada de 27 de outubro.

A Corregedoria deve aprofundar a apuração e avaliar novas responsabilidades a partir do material analisado. As conclusões podem gerar novas prisões e denúncias.

Comissão da Alerj monitora a investigação

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Alerj (CDDHC) acompanha o caso e afirma que as evidências confirmam violações já denunciadas no dia da ação. A deputada Dani Monteiro, presidente da CDDHC, afirmou que os indícios reforçam alertas feitos desde a operação.

“Os indícios revelados pelas câmeras corporais, incluindo o furto de um fuzil possivelmente destinado à revenda para criminosos, segundo as investigações, apenas confirmam o que a CDDHC alertava desde aquela manhã sangrenta: além do número inaceitável de mortes, a operação foi marcada por graves violações e por práticas incompatíveis com qualquer política de segurança pública responsável”, disse.

A deputada defende rigor na apuração e revisão das práticas policiais. “É fundamental que essa investigação avance com rigor e sem interferências. A responsabilização individual é necessária, mas não suficiente. O Estado precisa reconhecer e corrigir suas falhas estruturais, revendo o modus operandi dessas ações”, afirmou.

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