Rio
Cristo Redentor recebe ação pelos 20 anos do Ligue 180 no Rio
Projeção no Rio destaca combate à violência e nova parceria para agilizar denúncias
A projeção no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira 10 de dezembro, celebra os 20 anos do Ligue 180 e encerra os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Meninas e Mulheres. O ato reúne o Ministério das Mulheres, a Secretaria de Estado da Mulher do Rio de Janeiro e o Santuário Cristo Redentor. Na cerimônia, marcada para 20h, será firmado um acordo para agilizar o encaminhamento e o desfecho das denúncias registradas pelo serviço.
O Acordo de Cooperação Técnica prevê capacitação de pontos focais e integração com gestões locais, acelerando a conclusão dos processos. Segundo o Ministério das Mulheres, 15 estados já aderiram ao pacto, além do Distrito Federal e do Conselho Nacional do Ministério Público.
Como funciona o Ligue 180?
O Ligue 180 é o principal canal federal para denúncias de violência de gênero. O atendimento é gratuito, sigiloso e disponível 24 horas por telefone, WhatsApp, e-mail e Libras. O serviço também oferece orientação sobre leis, direitos e localização de equipamentos da rede de proteção, como Casas da Mulher Brasileira e delegacias especializadas.
Entre janeiro e outubro de 2025, o canal registrou 877.197 atendimentos, média de 2.900 por dia. Foram 719.968 ligações telefônicas, 26.378 atendimentos por WhatsApp, 130.827 por e-mail e 24 videochamadas. No período, houve 126.455 denúncias de violência; 66% foram feitas pelas próprias vítimas, 21% de forma anônima e 13% por terceiros.
Como evoluíram os números do serviço?
Em 2024, o Ligue 180 teve média diária de 2.051 atendimentos, somando 750.687 chamadas em todos os canais. O volume de ligações cresceu 21,6% em relação a 2023. O WhatsApp, lançado em 2023, saltou de 6.689 atendimentos para 14.572 em 2024, aumento de 63,4%. O Ministério das Mulheres afirma que a ampliação anual reflete maior confiança no serviço.
A equipe do Ligue 180 reúne 346 profissionais, incluindo atendentes, analistas, psicólogas, coordenadoras, monitoras e especialistas em tráfego. Dessas, 298 atuam diretamente no atendimento, incluindo profissionais bilíngues. Todas passam por capacitações contínuas com recortes de raça, gênero e território.
