Rio

Denunciados por morte de estudante eletrocutada no Terreirão vão a julgamento

Acontece nesta terça-feira (2) uma audiência de instrução e julgamento dos réus acusados pela morte da estudante Maria Fernanda Ferreira de Lima, que foi eletrocutada na festa Puff Bass, no Terreirão do Samba, após encostar em uma grade. O caso ocorreu 14 de abril de 2019. Na ocasião, ela chegou a ser levada ao Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiu após sofrer quatro paradas cardíacas.

A audiência de instrução e julgamento (AIJ) é uma etapa do processo em que as partes se reúnem de frente pro juiz para contar suas versões.

Entre os denunciados estão Sérgio Luiz Noronha Pinto, administrador do Terreirão do Samba à época, e Wellington Garcia Cruz, bombeiro civil que, segundo testemunhas, estava na festa e havia sido informado da ocorrência de choques elétricos próximo ao backstage. O evento recebeu aproximadamente cinco mil pessoas em um local que não tinha alvará do Corpo de Bombeiros

“A audiência acontecer agora significa muito, e não só por uma questão de punição, mas por saber que algo vai ser feito para evitar que aconteça com mais alguém”, disse Maria Eduarda Peixoto, amiga da estudante.

Ela estava na festa, mas em uma pista diferente da amiga. “Eu vi por story no Instagram que ela estava e me viu quando passou de carro de aplicativo pela entrada do evento. Um dos amigos dela me contou que a Maria Fernanda quase desceu do carro porque queria muito ir falar comigo, e isso martelou na minha cabeça.”

“No dia seguinte da festa, acordei e vi mensagens de umas amigas falando que ela tinha falecido. Eu fiquei ainda duvidando, tipo ‘claro que não, gente, deve ser outra Maria Fernanda, ela estava na festa ontem, tá tudo bem’. E aí confirmei através de postagens na internet, e foi horrível. Não parecia verdade, era muito estranho ver as pessoas postando foto com ela, falando dela no passado.”

Para Gabriella Lima, irmã de Fernanda, o sentimento é incerto. “Estou por um lado satisfeita que vai ocorrer o julgamento e com medo de criar expectativas que não serão cumpridas, que é a justiça acertada nesse caso tão delicado, e que cada um responda na sua devida proporção de culpa, tendo com eles que uma menina de apenas 20 anos foi morta pela ganância, pela negligência, por falta de amor ao próximo.”

Ela também ressalta a falta de celeridade da Justiça: “Ao mesmo tempo que vai acontecer o que tanto esperei, se passaram cinco anos que minha irmã faleceu. Cinco anos na espera de alguma resposta, algum conforto e de justiça. Cinco anos de muita dor, e sabendo que nunca mais terei minha Fefê de volta. Sinto no Brasil que existe uma cultura da impunidade, e que após 5 anos, as incertezas continuam.

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