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Dura rotina: 5 cidades da Baixada estão entre as piores do Brasil para ir ao trabalho

Dados do Censo 2022 mostram que Queimados lidera ranking do IBGE; 12,5% da população gasta mais de 2 horas no deslocamento diário

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Engarrafamento na Avenida Brasil. Foto: Reprodução

A Baixada Fluminense concentra algumas das piores condições de deslocamento urbano do Brasil, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (9). O levantamento, parte do Censo 2022, mostra que cinco municípios da região estão entre os seis com trajetos mais lentos para o trabalho em todo o país.

De acordo com a amostra “Deslocamentos para trabalho e estudo”, 12,5% dos moradores de Queimados passam pelo menos duas horas no trajeto até o emprego, o índice mais alto entre as cidades com mais de 100 mil habitantes.

Cidades com piores trajetos

A lista do IBGE confirma a dificuldade da rotina fluminense. Entre as seis piores cidades do país, cinco estão na Baixada Fluminense:

  • Queimados (RJ) – 12,5% gastam mais de 2h no trajeto;
  • Nova Iguaçu (RJ) – 11,8%;
  • Belford Roxo (RJ) – 10,8%;
  • Magé (RJ) – 10,2%;
  • Duque de Caxias (RJ) – 7,8%;
  • Itapecerica da Serra (SP) – 10,5% (única fora do RJ no top 6).

No total, o estudo aponta que 11 das 20 cidades com maiores tempos de deslocamento estão no estado do Rio de Janeiro, reforçando o peso da Região Metropolitana nesse problema.

Por que o deslocamento é tão lento na Baixada?

rodovia Washington Luiz
Rodovia Washington Luiz. Foto: Reprodução

Segundo o IBGE, a longa duração das viagens está ligada ao desequilíbrio entre moradia e emprego: as cidades da Baixada concentram trabalhadores, enquanto as vagas se concentram nas áreas centrais do Rio. Isso obriga milhões de pessoas a enfrentar viagens diárias intermunicipais, principalmente de trem, ônibus ou vans.

O resultado é um sistema de transporte pressionado, com longos congestionamentos e impacto direto na qualidade de vida da população.

1,26 milhão de brasileiros levam mais de 2 horas no trajeto

O levantamento indica que cerca de 70 milhões de brasileiros se deslocam todos os dias para o trabalho, e 1,26 milhão leva mais de 2 horas no percurso. Já o trajeto médio mais comum no país é de 6 minutos a meia hora, tempo gasto por 40 milhões de pessoas.

A Região Sudeste, com sua alta urbanização e concentração de empregos, é a que mais sofre com deslocamentos prolongados, e o Rio de Janeiro lidera esse cenário.

O automóvel ainda é o transporte mais usado, com 32,3% dos deslocamentos, seguido por ônibus (21,4%) e motocicleta (16,4%). Cerca de 17,8% dos trabalhadores ainda fazem o trajeto a pé, geralmente em cidades menores ou locais com pouco transporte público.

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