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Rio

Em depoimento, Sérgio Cortês diz que ele e sucessores receberam propina

Ex-secretário da Saúde também disse que foram feitos acordos nas licitações do Corpo de Bombeiros

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Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira, em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, Sérgio Cortês, o ex-secretário de Saúde da gestão de Sérgio Cabral, confirmou que recebeu, sim, propina de empresas com o propósito de fazer “caixa” para lançar campanha para o posto de deputado federal, e que seus sucessores no cargo também fizeram o mesmo. As informações são da TV Globo.

“Os secretários que me sucederam fizeram a mesma coisa que eu: recolhiam um caixa de campanha, que nada mais era do que propina”, declarou Cortês, que foi solto no final de abril após conseguir um habeas corpus.

Bretas perguntou quais nomes dos sucessores de Cortês que cometeram o crime, o ex-secretário respondeu: “Felipe Peixoto, Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior”.

Ele é investigado na Operação Fatura Exposta, que apura os desvios na área da saúde público de R$ 300 milhões, feitos entre 2006 e 2017.

Côrtes ainda disse que, enquanto ele era secretário, licitações do Corpo de Bombeiros foram fraudadas em um acerto que teria sido feito entre o empresário Miguel Iskin e Cabral por meio de subcomandantes do Corpo de Bombeiros.

“Existiam subcomandantes que eram responsáveis pelas licitações do Corpo de Bombeiros. Isso (a propina) foi acertado quando o então governador decidiu juntar Corpo de Bombeiros, que era ligado à pasta de Defesa Civil, para a Saúde. Ele (Cabral) me perguntou se o Miguel (Iskin) conhecia empresas que representavam equipamentos e isso ficou acertado em uma reunião entre o Miguel e o Sérgio (Cabral). Ele representaria multinacionais nessas licitações”, disse o Cortês.

Felipe Peixoto diz que recebeu com muita indignação o depoimento prestado pelo ex-secretário de Saúde Sérgio Cortês.

“Ele é um corrupto confesso e sem nenhuma credibilidade, que num ato de desespero tenta me imputar condutas comprovadamente levianas. A própria delação da ProSaude, que o levou novamente à prisão, afirma que em minha gestão como secretário não houve qualquer irregularidade. E agora ele se demonstra como um grande mentiroso. Quem me conhece sabe que minha vida sempre foi pautada pela ética e pela transparência. Se tivesse ido para a Saúde roubar não teria pedido para sair seis meses antes do prazo, não teria perdido as eleições e muito menos terminado o processo eleitoral de 2016 com dívidas.

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