Rio
Esposa ainda tentou retirar linha chilena do pescoço de marido: “Desespero total”
O homem foi atingido no pescoço por linha chilena, quando seguia de moto pela Via Light, neste domingo (3)A família de Jorge Luiz da Silva está indignada com a morte do pintor de 38 anos, atingido no pescoço por linha chilena, quando seguia de moto pela Via Light, entre as cidades de Mesquita e Nilópolis, na Baixada.
Alexsander Marques, cunhado de Jorge, descreveu o estado da esposa dele após o acidente e a morte do marido. Segundo ele, ela ainda tentou tirar a linha do pescoço de Jorge.
“A esposa dele está à base de remédios calmantes. Ela não estava aguentando nem falar, nem andar. O desespero foi total, até porque ela estava no momento da fatalidade e viu toda a cena. Ela até tentou tirar a linha que estava agarrada no pescoço dele”, relatou.
“Não tem proibição nenhuma”
O parente também criticou o uso indiscriminado da linha chilena e a falta de fiscalização: “Mais um caso de linha chilena, que é proibida mas, na realidade, não tem proibição nenhuma. O uso é para todos os lados. A família espera uma punição ou, pelo menos, uma investigação. Que haja fiscalização nessas lojas e fábricas de linha chilena, que é proibida”, disse.

A sobrinha de Jorge, Rafaela Borges, lembrou que o tio era prestativo e muito presente, e pediu justiça: “Eu espero Justiça. Até quando vai ficar isso? Vai esperar ferir outras famílias?”
Mais uma vítima do material ilegal
O caso deste domingo (3) se soma à lista de tragédias provocadas pelo uso do material ilegal, que continua fazendo vítimas devido à ausência de fiscalização e de punições severas.
Jorge morreu na hora, com um corte fundo no pescoço. A esposa do pintor, que estava na garupa, não sofreu ferimentos. No entanto, um amigo da vítima, que vinha logo atrás, se feriu, mas está fora de perigo.
O corpo de Jorge Luiz vai ser liberado do IML de Nova Iguaçu na manhã desta segunda-feira (4).