Policia
Estudo da FGV analisa reação nas redes sociais à megaoperação no Rio
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A megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em 121 mortos, entre eles quatro policiais, 113 presos e a apreensão de mais de 90 fuzis, dominou o debate digital no Rio de Janeiro e em todo o país.
De acordo com um levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), entre terça e quarta-feira foram registradas quase 2 milhões de publicações sobre o tema em redes sociais e sites de notícias, gerando mais de 60 milhões de interações.
O estudo, conduzido pela FGV Comunicação, aponta que o assunto provocou forte polarização política e comparações com a guerra entre Israel e o Hamas, além de pressionar autoridades estaduais e federais em relação às estratégias de combate à violência.
Na rede X (antigo Twitter), alguns dos posts mais compartilhados defendem ações mais radicais na segurança pública do Rio, comparando a situação à Faixa de Gaza e sugerindo o uso de estratégias semelhantes às do Exército de Israel.
Já no Instagram, terceira rede social mais utilizada pelos brasileiros, cinco dos dez posts mais engajados sobre o tema foram publicados por páginas de entretenimento, o que mostra que a repercussão ultrapassou o campo político.
O levantamento também revelou que o governador Cláudio Castro foi a figura mais associada à operação, aparecendo em 33% das menções. Em seguida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi citado em 25%, e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em 3,4%.
Entre as palavras mais recorrentes nas publicações estão: GOVERNADOR, OPERAÇÃO, LULA, CRIME ORGANIZADO e AJUDA DO GOVERNO FEDERAL.
