Rio
Exclusivo: Homem mata companheira a facadas e tira própria vida em apartamento na Zona Sul: “Gritava por socorro”
No local, agentes apreenderam uma faca; casal foi encontrado sem vida no momento da ocorrência
O clima é de tensão e choque entre os moradores da Rua Benjamin Constant, no bairro da Glória, Zona Sul do Rio, após um trágico homicídio de um casal, na noite desta sexta-feira (16). Os dois mortos foram identificados pelo Corpo de Bombeiros como Phelipe Sá, de 43 anos e Gisele Silva, de 44 anos. Vizinhos e moradores da região afirmam que o homem, classificado com um temperamento “agressivo”, teria matado a companheira a facadas e, na sequência, atentado contra a própria vida, por volta das 20h.

O prédio, onde o crime ocorreu, está localizado entre a Paróquia Sagrado Coração de Jesus e o Edifício Linda Wilma, além de ser próximo da emergência do Hospital Glória Dor. Um homem que trabalha na região e não quis se identificar, contou que, arrependido do que teria feito, o suspeito decidiu atentar contra a própria vida:
“Ontem, por volta de oito da noite, os vizinhos escutaram um estrondo muito forte e começaram a ouvir gritos, no sétimo andar, da mulher gritando por socorro. Quando os vizinhos chegaram, encontraram Phelipe morto, no térreo do prédio. A mulher gritou por socorro, mas quando os médicos chegaram, ela já estava sem vida”, lamentou.

Uma moradora da região, que também preferiu não dizer o nome, explicou que, por volta das 21h, notou uma intensa movimentação com a presença de duas ambulâncias, com agentes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar colhendo depoimentos. “Ficaram aqui até perto de meia-noite. Depois, já na madrugada, tudo estava silencioso”, relatou.
Investigações
Em nota, a Polícia Militar informou que agentes do 2º BPM (Botafogo) foram acionados e preservaram o local até a chegada da perícia técnica, e que uma faca, encontrada na cena do crime, foi apreendida. A ocorrência foi registrada inicialmente na 9ª DP (Catete) e, posteriormente, encaminhada para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que conduz a investigação. Policiais civis vão ouvir vizinhos, testemunhas e analisar imagens de câmeras de segurança da região para esclarecer a dinâmica dos fatos.
O caso é tratado, preliminarmente, como feminicídio seguido de suicídio, mas outras hipóteses ainda não foram descartadas pelas autoridades.