Rio
FAB aciona caças e intercepta aeronaves durante Cúpula do Brics no Rio de Janeiro
Com mísseis e áreas de exclusão, FAB reage a violações no espaço aéreo durante evento internacional no Rio
Durante a Cúpula do Brics no Rio de Janeiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou dois aviões e um helicóptero que violaram o espaço aéreo restrito estabelecido para garantir a segurança do evento, que termina nesta segunda-feira (7). As interceptações ocorreram no sábado (5) e no domingo (6), conforme informado pela instituição.
As aeronaves foram surpreendidas na área de exclusão aérea, criada em torno do Museu de Arte Moderna (MAM), sede das reuniões do Brics. A FAB utilizou caças Super Tucano, em operação desde 2004, para abordar os voos irregulares.
Por que o espaço aéreo do Brics foi tão rigorosamente monitorado?
A operação aérea foi reforçada com a presença de caças F-5M armados com mísseis, novidade no esquema de segurança, para reduzir o tempo de reação diante de qualquer ameaça. O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) também ativou zonas de exclusão uma hora antes e uma hora após os encontros da cúpula.

No total, foram estabelecidas três áreas de restrição no espaço aéreo carioca:
- Um raio de 150 km, onde foram proibidos voos turísticos, acrobáticos, agrícolas, de instrução e o uso de drones ou parapentes;
- Uma área de 10 km, restrita a aeronaves diretamente ligadas à organização e participantes do Brics;
- Um trecho de 1.350 x 955 metros, entre o MAM e o Aeroporto do Galeão, exclusivo para helicópteros de resgate da FAB.
O que motivou as violações do espaço aéreo?
Segundo o comando da FAB, os voos eram da aviação geral e ainda estão sob investigação. A hipótese inicial é de desatenção ou inobservância das regras temporárias impostas durante o evento.
Para o evento internacional, foi montado um esquema de segurança com mais de 31 mil agentes das esferas federal, estadual e municipal, semelhante ao adotado na Cúpula do G20 em 2024.