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Baixada Fluminense

Família acusa equipe médica por negligência em atendimento que teria levado à morte de menino de 14 anos; Hospital nega versão

Com dores na perna, Geovani do Nascimento Vajealegre passou por exame de Raio-X e recebeu um medicamento no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Ele teria sido liberado da unidade e morreu na última segunda-feira (3) após sofrer três paradas cardíacas.

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Geovani do Nascimento Vajealegre
Geovani do Nascimento morreu na última segunda-feira (3) com um quadro de penumonia após sofrer um derrame nos dois pulmões (Foto: Reprodução)

O que começou com uma lesão em um jogo de futebol terminou com a morte de um menino de 14 anos, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Geovani Vajealegre chegou em casa na última quinta-feira (29) reclamando de fortes dores na perna. A família, então, levou a criança para três hospitais da região: Municipal de Belford Roxo, Geral de Nova Iguaçu e, por fim, no Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde, segundo a família, Geovani teria recebido uma injeção venosa para diminuir as dores e apresentou uma forte reação.

A criança ficou com manchas roxas pelo corpo, começou a vomitar sangue, teve três paradas cardíacas e morreu na Emergência do Hospital de Belford Roxo, nesta segunda-feira (3).

De acordo com a família, a direção da unidade informou que a causa da morte do menino teria sido uma pneumonia.

Rosiane Rodarte, tia da vítima, acusa a equipe médica do Hospital de Saracuruna, responsável pelo atendimento à criança antes do agravamento do quadro clínico, de negligência ao liberar o menino sem a realização de exames complementares.

“Tinha que fazer uma ressonância, mas como não tinha encaminhamento, eles não fizeram. Não foi negligência da família, foi do hospital, eles não quiseram fazer o exame no meu sobrinho (..) Perdemos uma criança de 13 anos, cheia de vida, um futuro promissor, por causa de negligência, por causa de uma equipe despreparada”, declarou.

O que diz o hospital?

Por meio de nota, a direção do Hospital Municipal Adão Pereira Nunes informou que Geovani Vajealegre deu entrada no setor de Pronto Atendimento da unidade, no último sábado (1º) às 23h18.

Ao contrário do que disse Rosiane Rodarte, o hospital afirmou que o menino não tomou uma injeção, mas sim um medicamento via oral, e que a família teria deixado a unidade antes da conclusão dos exames.

“O paciente foi atendido pela ortopedia, sendo solicitado exame de Raio X da coxa com indicação de medicação para dor, medicação essa administrada por via oral, conforme BAM – Boletim de Atendimento Médico do hospital.

A direção do hospital relata ainda que o paciente evadiu-se da unidade, sem completar o atendimento, às 23h43 do mesmo sábado.”

Sob forte comoção, o corpo de Geovani Rodarte foi enterrado nesta quarta-feira (5) no Cemitério da Solidão, em Belford Roxo.

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