Família cobra respostas de aplicativo após morte de passageira em corrida de moto

A família de Graziele Barros Santos, de 37 anos, cobra explicações da plataforma Uber após a morte da usuária em um grave acidente durante uma corrida de moto no último sábado (13), em Cavalcanti, Zona Norte do Rio. Graziele estava a caminho do Hospital Estadual Carlos Chagas, onde visitaria o pai, quando a motocicleta em que estava foi atingida por um caminhão durante uma ultrapassagem feita pelo condutor.

O impacto foi fatal. Graziele morreu no local, enquanto o motociclista, que realizava a corrida por meio do aplicativo, conseguiu se jogar da moto e sobreviveu.

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A Uber prestou algum tipo de apoio à família?

Segundo os familiares, nenhum suporte inicial foi oferecido, e a conta da vítima na plataforma foi bloqueada automaticamente após o acidente. A família afirma que não recebeu assistência emergencial nem contato direto da empresa, além de considerar o bloqueio da conta um desrespeito com a memória de Graziele.

Em nota, a Uber lamentou profundamente o acidente que resultou na morte da usuária e afirmou que seus sentimentos estão com os familiares da vítima neste momento de dor. A empresa informou que todas as viagens realizadas por meio da plataforma contam com seguro, e que a seguradora responsável já foi acionada e deverá entrar em contato com a família da vítima para oferecer o devido apoio. Além disso, destacou que disponibiliza um canal de suporte psicológico, desenvolvido em parceria com o MeToo, o qual será oferecido aos familiares.

A Uber esclareceu ainda que a conta da usuária foi bloqueada por questões de segurança e reforçou que permanece à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

O que a família espera do aplicativo após a tragédia?

Em carta enviada à empresa, os parentes de Graziele exigem respostas formais e imediatas. Eles questionam o posicionamento oficial da Uber sobre o caso e cobram detalhes sobre o apoio prestado à família, além de exigirem mudanças nas políticas de capacitação e seleção dos condutores parceiros, principalmente os motociclistas.

“Infelizmente, este não é um caso isolado. Muitos motoristas agem com imprudência e colocam vidas em risco. Esperamos da Uber um posicionamento à altura da gravidade do ocorrido”, diz trecho da carta.

Graziele deixou três filhos pequenos e era reconhecida entre amigos e vizinhos como uma mulher batalhadora e dedicada à família.

Confira o vídeo do acidente