Rio
Golpe da voz falsa: nova tecnologia imita vítimas para enganar familiares
O subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Rio, delegado Pablo Sartori, explicou como funciona o golpe
A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro emitiu um alerta sobre um novo tipo de golpe. Criminosos estão utilizando tecnologias de manipulação de áudio, conhecidas como deepfake voice, para simular a voz das vítimas durante ligações telefônicas e, em seguida, pedir transferências de dinheiro ou favores com urgência.
O subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Rio, delegado Pablo Sartori, deu detalhes de como os criminosos agem para tornar as abordagens mais convincentes.
“Diante do que nós identificamos e investigamos, a Secretaria percebeu que os criminosos pretendem obter o padrão de voz das vítimas. E a partir daí, usando ferramentas que já existem na internet, criar textos através das vozes das próprias vítimas para tentar enganar parentes ou amigos e obter vantagem financeira”, explicou.
O caso do servidor público Felipe Cabral ilustra o modo de atuação dos golpistas. Ele relatou que recebeu uma ligação de um suposto oficial de Justiça, que alegava precisar de uma videochamada para uma audiência de liberação de causa ganha. “Ele não me pediu transferência de nada, mas queria que eu compartilhasse a tela do celular e acessasse a conta do banco. Foi quando minha ficha caiu”, contou.
Entre as principais orientações de segurança da SESEG estão:
- Desconfiar de ligações em nome de órgãos públicos;
- Evitar fornecer dados pessoais ou bancários por telefone;
- Confirmar a identidade do interlocutor por canais oficiais ou videochamadas seguras.
A Secretaria orienta ainda que, em caso de tentativa de golpe, a vítima registre ocorrência em uma delegacia, preferencialmente pela Delegacia Online.