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Rio

Governo do Estado inaugura 1ª oficina de pequenos reparos só para mulheres chefes de família

Iniciativa vai capacitar moradoras de favelas para realizarem consertos domésticos de baixa complexidade

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Governo do Estado inaugura 1ª oficina de pequenos reparos só para mulheres chefes de família
Governo do Estado inaugura primeira oficina de pequenos reparos só para mulheres chefes de família

A Secretaria estadual de Infraestrutura e Obras (SEINFRA), através do projeto Na Régua, vai lançar, neste sábado (01), a primeira Oficina de Pequenos Reparos e Consertos só para mulheres moradoras de favelas. Após um conjunto de ações voltadas exclusivamente para o público feminino, o objetivo da nova iniciativa é proporcionar conhecimento teórico e prático acerca dos principais procedimentos, ferramentas e cuidados necessários para a resolução dos problemas da casa de forma segura.

A ampliação da oferta de cursos, oficinas, programas e demais políticas públicas específicas para o público feminino, sobretudo às mães chefes de família, visa enfrentar o cenário apresentado no primeiro Censo de Inadequação Habitacional da história do Rio de Janeiro, realizado pelo próprio projeto, que é fruto da cooperação técnica entre a Subsecretaria de Habitação da SEINFRA e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Os dados do levantamento revelaram que mais de 70% dos lares das favelas ou dos assentamentos precários são chefiados por mulheres.

Levando em conta esse perfil e a experiência de campo, a idealizadora da oficina, Daniela de Carvalho, engenheira civil da equipe de assistência técnica do Na Régua na base do morro da Providência, conta que a ideia surgiu durante o período de atuação nos territórios.

“Percebi que muitas moradoras dependem de outras pessoas para realizar pequenos reparos que poderiam ser feitos por elas mesmas, por se tratar de consertos de baixa complexidade. Com isso, nasceu a ideia de uma oficina que ensinasse reparos simples como a troca de um chuveiro elétrico ou da válvula de um botijão de gás”, explicou.

A expectativa é de que, além de gerar uma economia de gastos, a iniciativa possa proporcionar mais autonomia e contribuir para  a inclusão no mercado de trabalho, uma vez que a oficina também pode servir como incentivo ao aprendizado de outra profissão.

“Através das práticas apresentadas na oficina, essas mulheres terão mais autonomia, pois os procedimentos poderão ser realizados por elas mesmas com segurança, além de gerar economia de dinheiro”, completou a engenheira.

A oficina será dividida em quatro módulos, com abordagens teórica e prática. O primeiro será dedicado ao manuseio das ferramentas, o segundo aos ensinamentos de elétrica, o terceiro à hidráulica e, por fim, o quarto módulo será sobre pintura.

O subsecretário de habitação, Allan Borges, destaca a importância do método científico para a construção de políticas públicas efetivas. “Apesar de termos uma ideia do que iríamos encontrar, foi só a partir do Censo que tivemos a dimensão exata dos problemas e quais seriam nossas prioridades. Descobrimos, por exemplo, que mais de 70% das famílias dos territórios, onde o Na Régua atua, são chefiadas por mulheres. Essa é a importância de uma política pública baseada em ciência, e não em achismos”, ressaltou o subsecretário.

O primeiro encontro da Oficina acontece neste sábado, às 9h30, no escritório do projeto, na Ladeira do Barroso, 229 – Providência, no Centro do Rio. Para participar, é necessário fazer a inscrição, previamente, com o articulador do projeto Na Régua no território, Cid Jorge.

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