Governo do Estado investe R$ 35 milhões em ações de resiliência climática

O governador Cláudio Castro anunciou, nesta quinta-feira (6), a ampliação do programa Ambiente Resiliente para 56 novos municípios fluminenses. A iniciativa, conduzida pela Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, tem como objetivo fortalecer a capacidade das cidades em prevenir e responder aos impactos das mudanças climáticas por meio de planejamento estratégico e execução de soluções sustentáveis.

Durante cerimônia no Palácio Guanabara, Castro ressaltou a importância da atuação conjunta entre Estado e prefeituras.

“A vida acontece nas cidades, com prefeitos e vereadores. O Estado vai oferecer os instrumentos, mas quem salva vidas são eles. Vamos ajudar cada município a construir sua verdadeira resiliência”, afirmou o governador.

Parcerias e investimento de R$ 35 milhões

O evento marcou também a formalização dos Planos Locais de Ação Climática (PLACs), que contemplam os 56 municípios participantes. O investimento, de R$ 35 milhões, é proveniente do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (FECAM).

A execução será feita em parceria com a ONU-Habitat e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Além disso, 22 municípios do Norte e Noroeste Fluminense serão incluídos no programa federal AdaptaCidades, voltado à resiliência climática local.

“O meio ambiente viabiliza soluções desde o licenciamento até a adaptação urbana. Levamos esses programas aos municípios para que possam prevenir e agir diante das mudanças do clima”, destacou o secretário de Ambiente, Bernardo Rossi.

Avaliação de riscos e vulnerabilidades climáticas

Durante o encontro, a Secretaria de Planejamento e Gestão apresentou um relatório inédito elaborado com apoio da ONU-Habitat, avaliando os 30 municípios mais suscetíveis a desastres ambientais. O documento propõe ações locais para mitigar riscos e fortalecer a gestão climática, com base em dados técnicos e históricos.

Os prefeitos receberam uma coletânea de cinco documentos, três deles impressos, com 390 ações em andamento no Estado voltadas à redução de vulnerabilidades e riscos ambientais.

“Estamos falando de planejamento e de vidas. Este estudo corrige falhas históricas do urbanismo e une Estado e municípios na construção de estratégias de resiliência”, afirmou o secretário de Planejamento e Gestão, Adilson Faria.

Municípios avaliados

Entre as cidades analisadas estão Angra dos Reis, Nova Friburgo, Petrópolis, Campos dos Goytacazes, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Teresópolis, além de outras 22 localidades com histórico de desastres climáticos.

A ampliação do Ambiente Resiliente consolida o Rio de Janeiro como um dos primeiros estados a integrar políticas de sustentabilidade, prevenção e desenvolvimento urbano com foco na redução dos efeitos das mudanças climáticas.