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Governo do Rio entrega projetos gratuitos de adequação habitacional para 131 moradias no Morro do Cajueiro

Projeto 'Na Régua' propõe soluções de engenharia e arquitetura para moradores de favelas em vulnerabilidade habitacional

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Foto/Divulgação

O Governo do Rio, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Obras (SEINFRA-RJ) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), entregou aos moradores que vivem em situação de vulnerabilidade extrema na comunidade do Cajueiro, Zona Norte da cidade, os projetos de arquitetura elaborados pela equipe técnica do projeto ‘Na Régua’.

Na ocasião, 131 famílias receberam atendimento da equipe técnica para a validação das proposições que seguirão para o processo de licitação. Após o trâmite, as ações de adequação das moradias já poderão ser iniciadas.

Arminda Vicente, moradora da comunidade, celebra a iniciativa.

Lavar a louça é um sacrifício, minha pia é muito baixa e me causa muitas dores nas costas. As infiltrações também me causam muito incômodo, sem contar o medo constante de queda. Não tenho condições de arcar com as obras, por isso, sou grata por esse trabalho que vai melhorar muito a minha vida“, comemorou.

Os beneficiários foram identificados por uma equipe multidisciplinar, em parceria técnico-científica com a UERJ, para verificar as condições das moradias, de acordo com critérios socioeconômicos, priorizando lares de famílias que se encontram em situação de extrema vulnerabilidade. Entre elas, famílias chefiadas por mulheres, de idosos, de pessoas com deficiência e com doenças respiratórias crônicas ou de fácil disseminação.

Foto/Divulgação

O levantamento sobre o perfil das residências e dos moradores foi executado durante o primeiro Censo de Inadequação Habitacional da história do Rio de Janeiro, que entrevistou 638 famílias no Cajueiro. Os dados apontaram, entre outros aspectos, que 24,4% destas famílias vivem em condição de extrema pobreza, com renda per capita de até R$ 100,00; 35,5% não dispõem de entrada regular de água e 24,2% relataram que não possuem módulo hidrossanitário completo (com pia, chuveiro e vaso sanitário no mesmo cômodo).

O subsecretário de Habitação, doutorando em Direito da Cidade pela UERJ e idealizador do projeto, Allan Borges, reforça que o objetivo das intervenções é promover melhoria da qualidade de vida dos moradores e contribuir para a redução das desigualdades sociais.

Nosso objetivo é mudar a realidade de exceção e oferecer à população pobre oportunidade de desfrutar de uma moradia digna, capaz de servir não apenas como abrigo, mas como um lugar seguro e saudável para viver. Por isso, desenvolvemos propostas que contribuam verdadeiramente para a melhoria da qualidade de vida dos moradores, driblando os achismos e promovendo, de fato, ações de interesse social para avançarmos contra as desigualdades“, finalizou o subsecretário.

Foto/Divulgação

As intervenções propostas pelos arquitetos e engenheiros do Na Régua têm como objetivo corrigir as inadequações das moradias para a promoção de saúde, bem estar e conforto ambiental. Todos os projetos são apresentados aos moradores, que podem validá-los ou não, apresentar sugestões e sugerir modificações aos profissionais. O respeito às necessidades das famílias é parte da metodologia do projeto, que busca alinhar as expectativas e desejos dos moradores ao processo técnico-científico.