Rio
Governo inicia esvaziamento na estação Gávea do metrô
Processo de esvaziamento dos poços dura quatro meses e é o primeiro passo para conclusão da estação em 36 mesesO Governo do Estado deu início, nesta quinta-feira (14), ao esvaziamento dos dois poços da estação Gávea, na Linha 4 do metrô, que juntos armazenam cerca de 60 milhões de litros de água desde 2018. A ação marca o primeiro passo para a retomada definitiva das obras, previstas para serem concluídas em 36 meses.
Processo lento e monitorado
A retirada, conduzida pelo Consórcio Construtor Gávea sob supervisão da Setram e da Riotrilhos, será feita gradualmente por motivos de segurança, com duração estimada de quatro meses. Cerca de 250 mil litros serão bombeados a cada 24 horas, por meio de tubulações subterrâneas que levam a água até o Rio Rainha, seguindo para o mar.
Segundo o governador Cláudio Castro, a obra vai beneficiar mais de 20 mil pessoas e representa uma solução para um problema que, por anos, gerou riscos à região. Ele também destacou que a expansão do sistema metroviário é prioridade do governo.
Principais números do esvaziamento:
- 60 milhões de litros de água serão retirados
- 250 mil litros por dia
- 4 meses para conclusão do processo
- 36 meses para entrega total da obra
- 2.500 empregos gerados na execução

Qualidade da água aprovada pelo Inea
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) vistoriou e aprovou as licenças ambientais, atestando a boa qualidade da água dos poços. O órgão seguirá fiscalizando a obra, incluindo a destinação correta de resíduos e a prevenção de riscos ambientais durante o transporte de materiais.
Interligados, os dois poços possuem 18 metros de diâmetro e 45 metros de profundidade, chegando a 52 metros após a conclusão das escavações. Eles foram inundados para conter a pressão do lençol freático sobre a estrutura inacabada.
Próximas etapas da obra
Após o esvaziamento, será feita a detonação e retirada de 140 mil toneladas de rocha em um trecho de 140 metros, trabalho que deve durar 11 meses. Em paralelo, será preparado o local para instalação das vias permanentes e passagens de emergência.
O projeto foi otimizado para reduzir custos e acelerar a entrega. O acesso no sentido São Conrado é prioridade, já que resta escavar apenas 60 metros para sua conclusão.