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Rio

Hospital Estadual Azevedo Lima promove reencontro entre idosa desaparecida e a família

Depois de atropelada, mulher de 71 anos chegou ao hospital sem documentos e sem saber informar nomes e contatos de parentes. Equipe da unidade encontrou família que procurava a idosa há quase uma semana.

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Hospital Estadual Azevedo Lima promove reencontro entre idosa desaparecida e a família (Foto: Divulgação)
Hospital Estadual Azevedo Lima promove reencontro entre idosa desaparecida e a família (Foto: Divulgação)

O desespero da família de Divina Margarida da Silva Valim, 71 anos, teve um final feliz no início da tarde desta segunda-feira (19). Com a ajuda da equipe de assistentes sociais do Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), a idosa desaparecida reencontrou a família. Desde a quarta-feira de cinzas (14), quando saiu da casa da filha, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio, ela estava sendo procurada pelos parentes. A idosa foi encontrada a 48 quilômetros de distância, no Hospital Azevedo, no Fonseca, em Niterói, graças à busca ativa feita pelos funcionários do Núcleo de Acolhimento à Família (NAF) da unidade hospitalar.

Divina, que tem esquizofrenia, foi internada no Heal no domingo (18), depois de ser atropelada no centro de Niterói e socorrida pelo Corpo de Bombeiros. Ela sofreu escoriações leves no joelho e cotovelo. Deu entrada com confusão mental e sem documentos e, inicialmente, não soube informar onde morava e não tinha o contato de parentes. Após abordagem dos psicólogos e assistentes sociais, ela respondeu a algumas perguntas que se tornaram as primeiras pistas para localizar os familiares.

O reencontro da idosa com as filhas Damares Valim, 32 anos, e Fernanda Valim, 43, emocionou enfermeiros e funcionários do hospital. Divina chorou muito ao rever as filhas e disse que não lembrava como chegou em Niterói. “Estou muito feliz de poder ir para casa de novo. Não sei como cheguei aqui, só sei que não desejo que ninguém passe pelo que passei”, afirmou.

Divina mora na casa de Damares, de onde saiu e não soube como voltar. “Acredito que ela tenha surtado, estava muito agitada nos últimos tempos. Saiu sem a gente perceber e não voltou. Ficamos desesperados. Procuramos em todos os hospitais do Rio, fomos ao IML e fizemos boletim de ocorrência. Como o programa de desaparecidos do disque-denúncia postou a foto dela na rede social, recebemos muitas informações desencontradas. Hoje, quando a assistente social do Azevedo Lima entrou em contato, tivemos certeza de que era ela. Graças a Deus a encontramos bem”, disse a filha.

A família da idosa foi encontrada pelo NAF, setor subordinado ao Serviço Social do Heal. O funcionário Pedro Rodenbusch explica que, a partir das informações prestadas pelos pacientes como Divina, a busca ativa é iniciada com pesquisas em diversos bancos de dados públicos, como Portal da Transparência, Cadastro Único do SUS, Cadastro Único do Sistema Único de Assistência Social (SUAS); canais oficiais, como Detran e Delegacia de Paradeiros, redes sociais, além do Google Maps e Google Street View, plataforma em que Pedro localizou um salão de beleza bem próximo à residência da família. “Ligamos para o estabelecimento e uma pessoa avisou às filhas que a idosa estava internada no Heal e vieram buscá-la”, contou Pedro.

Acolhimento 24 horas

O Núcleo de Acolhimento à Família do HEAL funciona 24 horas e está localizado no setor de emergência da unidade. Atua com uma equipe multiprofissional formada por assistentes sociais, psicólogos e auxiliares administrativos. O setor oferece orientações sobre os direitos dos pacientes, informações sobre a instituição e a busca ativa por informações de pacientes sem identificação, sem condições de abordagem e conduzidos sozinhos por ambulâncias após sofrerem algum tipo de trauma.

“Atuamos na promoção da garantia de direitos dos pacientes, que chegam sem identificação, mas que possuem uma história. Nosso objetivo é buscar o retorno desse paciente à convivência familiar, a partir da escuta qualificada e da busca ativa. Temos uma equipe de referência para prestar essa assistência humanizada”, explica a responsável técnica do Serviço Social e do NAF, Cleide Cruz.

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