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Hotéis e associações de moradores cobram solução para Avenida Niemeyer

Via foi fechada após deslizamento que matou passageiros de um ônibus

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Foto: (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Representantes de hotéis e de associações de moradores das zonas sul e oeste do Rio de Janeiro pretendem enviar à prefeitura e à Justiça um documento pedindo solução para o impasse que mantém a Avenida Niemeyer fechada desde maio.

O Sindicato dos Meios de Hospedagens do Município do Rio de Janeiro (Hotéis Rio) e a Associação de Moradores de São Conrado (Amasco) reuniram, na manhã desta quarta-feira (15), representantes de associações de moradores da zona sul e zona oeste da cidade em um café da manhã que teve o objetivo de chamar a atenção para os prejuízos causados pelo fechamento da via, pela qual trafegavam diariamente cerca de 36 mil veículos.

Ligação importante entre os bairros São Conrado e Leblon, a Avenida Niemeyer costumava dividir com a Autoestrada Lagoa-Barra a maior parte do tráfego entre as zonas sul e oeste do Rio. A avenida foi fechada por razões de segurança, depois que deslizamentos registrados no ano passado causaram a morte de pessoas soterradas dentro de um ônibus. Como praticamente todo esse fluxo passou a ser direcionado para os túneis da Lagoa-Barra, o trânsito na região piorou, relatam moradores.

Desde o fechamento da via, em 27 de maio, a Justiça determinou que a prefeitura fizesse uma série de intervenções para reduzir os riscos de deslizamento, e o município agora argumenta que já concluiu os trabalhos emergenciais. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, porém, discordou de que já haja condições de reabrir a via e considerou que as obras não estão prontas.

O presidente do Hotéis Rio, Alfredo Lopes, afirma que hotéis da região chegaram a vivenciar queda de 80% na taxa de ocupação, o que levou ao fechamento de três motéis e dois hostels em São Conrado e no Vidigal. Estabelecimentos maiores, como o Hotel Nacional e o Sheraton, também vêm sendo afetados pelo fechamento da Niemeyer, e o sindicato alerta que, além de reunir juntos cerca de mil quartos, hotéis desse porte empregam mais de 500 pessoas cada um, além de fornecedores e prestadores de serviço. “O impacto social é imenso. Esses hotéis empregam pessoas das comunidades próximas”, disse Lopes.

O sindicato de hotéis e a associação de moradores defendem a reabertura da Niemeyer com um plano de contingência, ou que se estabeleça um cronograma para a conclusão das obras. O prazo inicial para execução das intervenções terminou em novembro e, dois meses depois, a abertura depende de a prefeitura convencer a Justiça de que já há condições de liberar a via.

Para o presidente da Associação de Moradores de São Conrado, José Britz, é preciso estabelecer um prazo para a reabertura ou reabrir a via de forma controlada, com a possibilidade de fechá-la em caso de chuva forte e o suporte de equipes de emergência técnica e médica. “Para isso, o Poder Judiciário e o Poder Executivo têm que se entender”, afirmou Britz. Ele ressaltou que o impacto da interdição afeta uma área muito maior que os bairros vizinhos da Niemeyer, já que tanto a zona oeste quanto a zona sul são áreas populosas e importantes como polos econômicos e empregadores.

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