Gato-maracajá ameaçado de extinção é salvo pelo Inea no Norte Fluminense

Um gato-maracajá, espécie ameaçada de extinção, foi resgatado por guardas-parques do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) após ser encontrado dentro de uma residência em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. O caso aconteceu no último dia 27 de outubro, quando uma moradora se deparou com o animal sobre o guarda-roupa de seu quarto e acionou o Corpo de Bombeiros, que solicitou apoio do Inea.

Como foi o resgate do felino?

Equipes do Parque Estadual da Lagoa do Açu, unidade administrada pelo Inea, foram até o local e localizaram o felino escondido sob a pia da cozinha. O resgate exigiu agilidade, já que o gato-maracajá tentou fugir diversas vezes e chegou a escapar para a rua antes de ser contido com segurança.

O animal, um indivíduo adulto, foi levado à sede do parque, onde passou por avaliação veterinária. O exame confirmou que o felino estava em boas condições de saúde e, ainda no mesmo dia, foi devolvido ao seu habitat natural dentro da unidade de conservação.

Espécie em risco e importância ecológica

Classificado como “Vulnerável” pelo Ministério do Meio Ambiente, o gato-maracajá é um felino de pequeno a médio porte, com hábitos noturnos e vida predominantemente arbórea. Sua presença está associada a ecossistemas florestais preservados, e sua dieta — composta por pequenos mamíferos — exerce papel essencial no equilíbrio ambiental, controlando populações de presas que poderiam afetar a flora local.

O que dizem as autoridades ambientais?

“O aparecimento do gato-maracajá no Parque Estadual da Lagoa do Açu demonstra que a unidade mantém corredores ecológicos capazes de sustentar populações dessa espécie”, destacou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.

Já o gestor do parque, Samir Mansur, afirmou que o registro “confirma a qualidade ambiental da Mata Atlântica preservada na unidade, assegurando a proteção do habitat natural desse felino raro”.

Sobre o Parque Estadual da Lagoa do Açu

Com 8.276 hectares de área, o parque se estende pelos municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra. A unidade é reconhecida por abrigar remanescentes de vegetação de restinga e por servir de rota para aves migratórias, sendo uma das áreas de maior biodiversidade do Estado do Rio de Janeiro.