Rio
Intérpretes de sambas-enredos viram patrimônio cultural do Rio
Lei sancionada por Cláudio Castro valoriza artistas que marcaram gerações e preservam a tradição do carnaval cariocaOs intérpretes de sambas-enredos receberam, nesta sexta-feira (29), o título de patrimônio cultural imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A homenagem foi oficializada pelo governador Cláudio Castro, por meio da Lei 10.914/25, publicada no Diário Oficial. A medida reconhece a relevância desses artistas para a preservação da cultura fluminense e da memória do carnaval carioca.
Segundo Castro, a lei apenas formaliza o que já era consenso entre os foliões: a importância dos intérpretes na história das escolas de samba. Ele destacou que esses artistas são fundamentais para manter viva a tradição e enalteceu sua contribuição aos desfiles.
Grandes vozes do carnaval carioca
Entre os nomes mais marcantes do samba está Neguinho da Beija-Flor, que emprestou sua voz à escola de Nilópolis por quase cinco décadas. Sua despedida neste ano encerrou um ciclo histórico, mas sua presença permanece como referência para várias gerações.
Além dele, outros intérpretes se eternizaram na memória popular:
- Jamelão, ícone da Estação Primeira de Mangueira
- Dominguinhos do Estácio, símbolo de irreverência e carisma
- Paulinho Mocidade, dono de um estilo inconfundível
- Quinho, voz marcante da Acadêmicos do Salgueiro
Também merece destaque Dona Ivone Lara, pioneira ao ser a primeira mulher a assinar um samba-enredo na história do carnaval do Rio, ampliando o espaço feminino dentro das escolas.

Reconhecimento oficial da cultura popular
A iniciativa reforça o valor cultural do samba e de seus intérpretes, transformando em política pública o que já estava no coração dos cariocas. Ao se tornarem patrimônios do Estado, esses artistas têm sua contribuição reconhecida oficialmente como parte essencial da identidade do Rio de Janeiro.