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Jaguar, lenda do cartum brasileiro, morre aos 93 anos no Rio

Fundador de O Pasquim e colunista por três décadas, Jaguar deixa legado de irreverência

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Cartunista Jaguar morre aos 93 anos no Rio de Janeiro
Foto: Reprodução

O cartunista Jaguar, ícone do humor gráfico brasileiro, morreu neste domingo (24), no Rio de Janeiro, aos 93 anos. Ele estava internado no Hospital Copa d’Or havia três semanas, mas a causa da morte não foi divulgada.

Segundo o Copa d’Or, Jaguar foi internado em razão de uma infecção respiratória, que evoluiu com complicações renais. “Nos últimos dias, estava sob cuidados paliativos. O hospital se solidariza com a família, amigos e fãs por essa irreparável perda para a cultura brasileira”, diz a nota.

Nascido Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, no Estácio, Jaguar começou sua trajetória artística ainda nos anos 1950, quando publicou seus primeiros desenhos na revista Manchete, adotando o pseudônimo que o tornaria referência nacional.

Nos anos 1960, consolidou-se como um dos principais nomes do cartum no país e, em 1969, foi um dos fundadores de O Pasquim, jornal satírico que marcou a resistência cultural à ditadura militar. Jaguar criou o mascote Sig e permaneceu na publicação até seu fim, em 1991. Durante o regime, enfrentou perseguições e chegou a ser preso por três meses após a publicação de uma charge polêmica.

Após o fim de O Pasquim, Jaguar atuou como editor e colunista em diferentes veículos, com destaque para o jornal O DIA, onde manteve a coluna “Boteco do Jaguar” por mais de três décadas. Também publicou coletâneas de cartuns e livros de memórias, que reforçaram sua irreverência e estilo inconfundível. Seu traço simples e direto, aliado ao humor ácido, se tornou marca registrada.

Além da carreira no cartum, Jaguar teve participação ativa na cultura carioca, como um dos criadores da Banda de Ipanema, em 1964, que ajudou a revitalizar o carnaval de rua do Rio. Ele deixa um legado de irreverência, crítica social e inovação no humor gráfico brasileiro.