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Capital Fluminense

Justiça faz primeira audiência de acusados pela morte de Henry Borel

Criança, de 4 anos, morreu no dia 8 de março. De acordo com a denúncia, Henry foi vítima de torturas feitas pelo padrasto Jairo Souza dos Santos Júnior, o Dr. Jairinho

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Menino Henry Borel, morto após ter sido torturado pelo padrasto
Henry Borel (Foto: Reprodução)
Menino Henry Borel, morto após ter sido torturado pelo padrasto

Henry Borel (Foto: Reprodução)

Tem início nesta quarta-feira (06) a audiência de instrução do Caso Henry Borel. As testemunhas de acusação serão as primeiras a ser ouvidas, entre elas, o pai do menino, Leniel Borel, que pediu para fazer parte da acusação. Algumas não foram localizadas, entre elas duas médicas do hospital Barra D’Or onde o menino chegou já morto – Maria Cristina Souza Azevedo e Viviane dos Santos Rosa – o executivo do hospital Pablo dos Santos Meneses e a ex-babá de Henry Thayná Oliveira.

Henry Borel foi morto na madrugada do dia 8 de março. O padrasto, o ex-vereador Jairinho, foi denunciado pelo Ministério Público por tortura, por seu envolvimento em três episódios diferentes de violência contra o menino Henry, um deles resultando na morte da criança. Já a mãe, a professora Monique Medeiros, foi denunciada pelo mesmo crime duas vezes. Para o Ministério Público, ela se omitiu diante das agressões. O MP afirma que Jairinho matou a criança por acreditar que Henry atrapalhava o relacionamento dele com Monique.

O casal é acusado de homicídio triplamente qualificado, tortura, fraude processual e coação de testemunhas. Monique também por falsidade ideológica. Os laudos apontaram 23 lesões por ação violenta no corpo da criança. O crime aconteceu no apartamento onde o ex-vereador e a professora moravam, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Jairinho participará da audiência por videoconferência, em virtude de uma solicitação feita pela defesa do ex-vereador. No pedido remetido à Justiça, os advogados explicaram que, por causa da pandemia da Covid-19, sempre que o preso deixa a unidade prisional e retorna, precisa ficar em quarentena. O Tribunal de Justiça do Rio reforçou a segurança por se “tratar de fato rumoroso, que ganhou notoriedade na mídia nacional”.

Há poucos dias da audiência, a Justiça do Rio determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Jairinho, e de Monique Medeiros. Segundo a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal, destacou que só assim será possível delimitar o “patrimônio dos acusados, para fins de eventual e futura fixação da indenização”.

Uma das testemunhas de acusação é a dentista Ana Carolina Ferreira Netto, ex-mulher de Jairinho. Ela chegou a entrar com um pedido de habeas corpus para não comparecer a audiência de instrução. A dentista alega que foi casada com o ex-vereador por 20 anos e citou o artigo 206 do Código Penal, que prevê que a testemunha pode se recusar a depor se for cônjuge, ainda que divorciado. Apesar disso, a Justiça negou e Ana Carolina precisará comparecer.

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