Justiça mantém preso chinês suspeito de feminicídio de jovem no Rio - Super Rádio Tupi
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Justiça mantém preso chinês suspeito de feminicídio de jovem no Rio

O processo segue agora para o juízo natural, responsável pelo caso.

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Zhaohu Qiu, de 35 anos, suspeito da morte de Marcelle Julia Araújo da Silva — Foto: Reprodução / Polícia Civil

Zhaohu Qiu, conhecido como “Xau”, acusado do assassinato de Marcelle Júlia Araújo da Silva, de 18 anos, na Zona Norte do Rio, teve a prisão mantida após audiência de custódia realizada na Comarca de Osasco, em São Paulo. Detido na segunda-feira (17), o suspeito foi transferido para o Rio de Janeiro na última terça-feira (18).

Nesta sexta (20), Zhaohu, que está no Presídio de Benfica, foi novamente apresentado à Justiça. O Tribunal entendeu que não era necessária uma nova audiência de custódia, já que o procedimento já havia ocorrido em São Paulo. Ele será transferido nos próximos dias para o Presídio Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da cidade.

O caso gerou comoção após o corpo de Marcelle ser encontrado no domingo (16) dentro de uma obra em Irajá, Zona Norte do Rio. O imóvel pertence a Zhaohu Qiu, e, segundo a perícia, a vítima estava enrolada em uma lona azul, com marcas de mordidas de dois cães da raça pit bull que estavam no local. Marcelle estava desaparecida desde o dia 12 de junho.

De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Zhaohu era obcecado pela jovem, que o via apenas como amigo e pretendia retomar o relacionamento com a ex-namorada. No enterro da vítima, familiares relataram que Marcelle não queria manter qualquer envolvimento amoroso com o suspeito.

Câmeras de segurança registraram o momento em que ele deixava sua casa empurrando um carrinho coberto por uma lona azul, semelhante à usada para envolver o corpo. Após o crime, Zhaohu fugiu, parou de atender ligações e desapareceu, sendo localizado posteriormente em São Paulo, onde foi preso.

Durante depoimento à polícia, o suspeito confessou ter enforcado Marcelle, e admitiu que colocou o corpo no carrinho e o cobriu com a lona azul, como mostram as imagens de segurança. Posteriormente, já na presença do advogado, optou por permanecer em silêncio. Zhaohu também alegou ter sido agredido por policiais durante o transporte entre São Paulo e o Rio, mas a polícia afirma que não foram observadas marcas visíveis de agressão.

Apesar da prisão já ter sido cumprida pelo 1º Distrito Policial de Carapicuíba, um novo Registro de Ocorrência foi lavrado no Rio no dia seguinte. O juízo fluminense identificou inconsistências no registro do cumprimento do mandado e encaminhou o caso à Corregedoria da Polícia Civil do RJ para apuração de possível irregularidade.

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