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Lewandowski se coloca à disposição do Rio após operação: “Vamos ouvir o que precisa”

Ministro da Justiça afirmou que o governo federal pode disponibilizar forças, peritos e vagas em presídios federais

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crédito: Ed Alves CB/DA Press

Um dia após a megaoperação policial que deixou ao menos 132 mortos no Rio de Janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira (29) que o governo federal está à disposição para auxiliar e ouvir as demandas do governador Cláudio Castro (PL).

A declaração foi dada em meio à repercussão da Operação Contenção, considerada a mais letal da história do estado, que mobilizou 2,5 mil agentes nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.

“Não há bala de prata para resolver essa situação”

Durante entrevista, Lewandowski ressaltou que o enfrentamento à criminalidade no Rio exige cooperação e planejamento conjunto entre os governos federal e estadual.

“Estamos à disposição para ouvir o governador Cláudio Castro e entender do que ele precisa. Podemos disponibilizar efetivos das forças federais, peritos e especialistas. Temos também um banco de DNA que pode ser usado de imediato”, afirmou.

O ministro também enfatizou que “não há bala de prata” capaz de resolver isoladamente o problema da violência no Rio, destacando a necessidade de ações estruturais e coordenadas entre as esferas de poder.

Comitiva federal vai ao Rio para avaliar situação

Lewandowski confirmou que uma comitiva do governo federal está a caminho do Rio de Janeiro para avaliar de perto a situação e discutir medidas conjuntas.
O grupo inclui o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e as ministras Anielle Franco (Igualdade Racial) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania).

Segundo o ministro, o governo já colocou à disposição dez vagas em presídios federais de segurança máxima para transferência imediata de líderes do Comando Vermelho.

“De imediato, podemos acolher essas lideranças no sistema prisional federal e ampliar a cooperação com as forças estaduais”, completou.

Foto: Reprodução

A operação mais letal da história do Rio

Deflagrada na madrugada de terça-feira (28), a Operação Contenção teve como foco desarticular a estrutura do Comando Vermelho, facção que controla parte das comunidades da Zona Norte.
Durante a ação, traficantes reagiram com fuzis, drones e explosivos, desencadeando confrontos em diferentes pontos das comunidades.

O governador Cláudio Castro classificou o episódio como “um dia histórico no enfrentamento ao crime organizado”, mas reconheceu o alto custo humano da operação.

“Estamos enfrentando narcoterroristas que desafiam o Estado. Não vamos recuar”, afirmou Castro em entrevista após a ação.

Coordenação entre governos será ampliada

O Ministério da Justiça informou que as medidas de apoio incluem reforço de inteligência, cooperação pericial, intercâmbio de informações sobre facções e monitoramento de lideranças presas.
A intenção é criar um plano integrado de segurança pública entre União e Estado, com foco em resultados duradouros.

“O que o país está vendo é um esforço conjunto para resgatar o controle do território e reduzir a violência que afeta os cidadãos fluminenses”, concluiu Lewandowski.

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