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Rio

Mãe denuncia que filho com Síndrome de Down sofre discriminação de empresa de transporte escolar na Tijuca

A cooperativa Cooperupa foi procurada pela reportagem da Super Rádio Tupi, mas não respondeu aos nossos contatos

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Mãe denuncia que Antônio, de 10 anos, sofre discriminação de empresa de transporte escolar (imagem: arquivo pessoal)

A mãe de um menino de 10 anos, portador da Síndrome de Down, denuncia que o filho sofre discriminação de uma cooperativa de vans escolares na Tijuca, Zona Norte do Rio. Segundo Michelle Gusso, o filho dela, Antônio, é aluno do Colégio Marista São José e a cooperativa Cooperupa se recusa a transportar o menor, segundo a própria, por falta de monitores.

Antônio, de 10 anos, possui Síndrome de Down (imagem: arquivo pessoal)

Os problemas começaram em 2023, quando, após a falência do serviço de transportes que era utilizado anteriormente, Michelle tentou contratar uma outra empresa, segundo ela, listada pelo colégio como credenciada junto à instituição.

“Somente essas empresas podem parar o carro dentro do colégio e podem ter os seus monitores e motoristas entrando dentro do colégio. Então, o colégio faz um controle desses profissionais, dessas empresas que são credenciadas”, diz Michelle.

Antônio Gusso é aluno do Colégio Marista Tijuca a 4 anos (imagem: arquivo pessoal)

Segundo Michelle, ela percebeu que o filho vinha sofrendo discriminação por não conseguir vaga para ele junto às cooperativas. “Houve comentários de donos das cooperativas, reclamando por ele demorar a descer, por ele tirar o tênis, houve então nesses dois anos um boicote ao meu filho […] eles começaram a não aceitar colocar o Antônio, sempre dizendo que não tinha vaga”, conta.

“Até que eu fiz um teste no ano passado, fingindo ser uma outra pessoa, com outro telefone, dando um endereço próximo ao meu […]. Então eu tentei burlar tudo isso para verificar se eles iriam ter vaga quando falasse que era próximo, mas não era a gente, era uma outra criança, inventei uma história e aí tinha vaga. Então, ficou bem claro para a gente no ano passado que o Antônio estava sofrendo discriminação, estava sofrendo preconceito e nada velado, estava muito claro”, conclui.

Michelle afirma que depois de diversas tentativas, conseguiu uma reunião com a direção do colégio Marista que prometeu orientar as empresas em relação ao seu filho.

No início de 2024, então, a cooperativa Cooperupa passou a fazer transporte de Antônio para o colégio. Porém, segundo Michelle, cerca de duas semanas atrás, recebeu uma mensagem de um homem que se identificou como motorista da empresa, a qual a reportagem da Super Rádio Tupi teve acesso, em que o homem afirma que a empresa não iria mais atender o menor porque “ele constrangia e assustava as outras crianças” e que “atrapalhava a fluidez que um transporte escolar pede para a coletividade”.

imagem: reprodução

Em nota, o colégio Marista São José afirmou que as empresas de transporte não são conveniadas à instituição, e que se trata de um serviço terceirizado. “O Colégio Marista São José – Tijuca esclarece que as empresas de transporte escolar, que prestam serviço às famílias de alunos, são terceirizadas. A instituição disponibiliza o estacionamento para o embarque e desembarque para facilitar o acesso e manter a segurança de todos“, afirma ainda que “No caso em questão, buscará facilitar o diálogo entre a família e a cooperativa de transporte.”

A cooperativa Cooperupa foi procurada pela reportagem da Super Rádio Tupi, mas não respondeu aos nossos contatos.

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1 comentário

1 comentário

  1. Maria Costa

    7 de março de 2024 em 14:20

    Entao a cantinha q tambem eh terceirizada do colegio, se servir comida estragada e matar um aluno, o colegio tbm nao tem responsabilidade??
    e claro q sao terceiros e credenciados…todos os pais e alunos sabem disso! as empresas sao um monopolio la… ninguem entra!!!

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