Rio
Mar avança e interdita orla do Leblon pelo segundo dia seguido
Prefeitura segue com limpeza após mar invadir a Delfim Moreira; quiosques e equipamentos foram danificados pela força das ondas.A ressaca que atingiu a orla do Leblon, na Zona Sul do Rio, já provocou interdição total da Avenida Delfim Moreira por mais de 24 horas. A via foi fechada nos dois sentidos às 16h20 de terça-feira (29), e às 18h desta quarta (30) ainda permanecia bloqueada entre as avenidas Bartolomeu Mitre e Epitácio Pessoa.
A interdição é necessária para que equipes da prefeitura realizem a remoção da areia e contenção da água do mar, que continua invadindo o calçadão e a pista. Barreiras de areia estão sendo erguidas na altura da Rua Antônio Melo Franco para tentar conter os avanços do mar.
Quais são os principais danos causados pela ressaca?
A força das ondas — que chegaram a 4 metros de altura, segundo a Marinha — arrastou quiosques, equipamentos de ginástica e até um carro estacionado no canteiro central. A recomendação é que a área não seja usada como lazer até a normalização da situação.
A previsão do tempo indica que o alerta de ressaca segue até a noite de quinta-feira (31). A Comlurb continua atuando com equipes e máquinas pesadas na limpeza da via, mas ainda não há previsão de liberação da avenida.
O que dizem os desvios e recomendações da prefeitura?
No sentido Vidigal, o tráfego está sendo desviado pela Avenida Epitácio Pessoa. Já em direção a Ipanema, a alternativa é a Rua Bartolomeu Mitre. A Prefeitura do Rio também pede que ciclistas e pedestres evitem transitar pela orla e sigam as orientações dos agentes de trânsito.
A Marinha reforça que pescadores evitem navegar durante o período de ressaca e que banhistas não entrem no mar. A Ciclovia Tim Maia, que margeia a Avenida Niemeyer, permanece fechada preventivamente.
Durante a madrugada, a ressaca trouxe também tristeza para ambientalistas: cinco pinguins-de-magalhães foram encontrados mortos na Praia do Arpoador. Os corpos foram levados pela correnteza, e o recolhimento será feito por equipes do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) e ICMBio. As causas das mortes ainda são desconhecidas.