“Marginal sanguinário”: secretário revela crimes de “Cria” do TCP, sucessor de TH da Maré

O traficante Edmilson Marques de Oliveira, conhecido como “Cria”, foi morto nesta sexta-feira (26) durante uma operação no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. Segundo a polícia, ele reagiu à abordagem e morreu em confronto, junto com dois de seus seguranças.

O secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, descreveu o criminoso como um dos mais perigosos do estado.

“Ele matava não só adversários ou marginais. Ele matava moradores, adolescentes. Tem relatos de que ele matou uma senhora idosa. Era um marginal extremamente perigoso e mau. Sanguinário. Ele era conhecido como homem de guerra do TCP, o homem que planejava todas essas disputas territoriais”, afirmou o secretário.

Quem era “Cria”

Apontado como uma das principais lideranças do Terceiro Comando Puro (TCP), Cria assumiu o controle da facção na comunidade da Maré após a morte de Thiago da Silva Folly, o “TH da Maré”, em maio deste ano. Após a sucessão, sua liderança durou menos de cinco meses.

Contra ele, havia três mandados de prisão por organização criminosa. De acordo com o Disque Denúncia, o traficante acumulava cerca de 200 anotações criminais e chefiava um “tribunal do tráfico”, responsável por determinar execuções na região.

Cria, sucessor de TH da Maré

Assim como o antecessor, Cria era apontado como articulador de ataques contra o Comando Vermelho (CV), em meio à disputa pelo tráfico na Zona Norte do Rio.

TH, morto em maio, acumulava 227 anotações criminais e 17 mandados de prisão em aberto. O criminoso foi localizado em um imóvel usado como bunker na comunidade do Timbau.

De acordo com a polícia, ele abriu fogo contra os agentes, que revidaram. O confronto terminou com sua morte e de dois seguranças que faziam sua segurança.