Rio
Mirante da Praia do Sossego receberá nome de Juliana Marins
Jovem que morreu na Indonésia será lembrada em local que amava em Niterói, segundo decisão da PrefeituraO mirante e a trilha da Praia do Sossego, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, passarão a ter o nome de Juliana Marins, publicitária de 26 anos que morreu tragicamente ao cair em um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A homenagem foi confirmada pela Prefeitura de Niterói, em reconhecimento ao carinho da jovem por esse local, considerado um dos mais belos da cidade.
Natural do Rio de Janeiro, Juliana morava com a família em Niterói e era formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ. Ela também atuava como dançarina de pole dance e estava realizando um mochilão pela Ásia desde fevereiro, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
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Por que a Praia do Sossego foi escolhida para a homenagem?

Segundo a família, Juliana tinha uma ligação especial com a Praia do Sossego. A irmã, Mariana Marins, contou que foi Juliana quem a apresentou ao lugar. “Foi ela quem me apresentou àquele paraíso e vivemos momentos especiais ali, junto com amigas”, afirmou. A mãe da jovem, Estela Marins, também agradeceu emocionada a decisão da prefeitura: “O que estamos vivendo é devastador, mas nos conforta saber que Juliana vai voltar para casa. Esse apoio tem feito toda a diferença”.
A Prefeitura de Niterói e o governo federal também se colocaram à disposição para custear o traslado do corpo ao Brasil. O sepultamento será realizado em Niterói, mas a família ainda não informou a data do velório.
O que se sabe sobre o acidente na Indonésia?
Juliana Marins morreu cerca de 20 minutos após sofrer múltiplos traumas que causaram danos aos órgãos internos e hemorragia, de acordo com o laudo da autópsia divulgado nesta sexta-feira (27).
“Encontramos arranhões e escoriações, bem como fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento”, afirmou o perito à imprensa local. “A vítima sofreu ferimentos devido à violência e fraturas em diversas partes do corpo. A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas”, continuou.
O corpo da alpinista foi transportado do Hospital Bhayangkara até Bali em uma ambulância refrigerada. Apesar da longa viagem e da conservação em freezer, o especialista explicou que não havia indícios de que a morte tenha ocorrido muito tempo após a queda.