Morre Evanildo Bechara, gigante da língua portuguesa, aos 97 - Super Rádio Tupi
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Morre Evanildo Bechara, gigante da língua portuguesa, aos 97

O velório de Bechara ocorrerá nesta sexta-feira (23) na sede da Academia Brasileira de Letras

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Evanildo Bechara. Foto: Reprodução

O professor, gramático e filólogo Evanildo Bechara faleceu nesta quinta-feira (22), aos 97 anos, no Rio de Janeiro. Reconhecido como um dos maiores nomes da língua portuguesa no Brasil, ele ocupava a Cadeira nº 33 da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde maio de 2001.

Bechara estava internado no Hospital Placi, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, e morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos, conforme informou a ABL.

O velório do acadêmico está marcado para esta sexta-feira (23), na sede da Academia Brasileira de Letras, em horário que ainda será confirmado.

Natural do Recife, onde nasceu em 1928, Evanildo Cavalcante Bechara se mudou para o Rio de Janeiro ainda jovem. Foi na capital fluminense que construiu uma carreira de destaque como educador, filólogo e uma das maiores autoridades em gramática da língua portuguesa.

Quem foi Evanildo Bechara?

Evanildo Cavalcante Bechara foi um dos maiores estudiosos da língua portuguesa no Brasil. Nascido no Recife, em 1928, mudou-se ainda jovem para o Rio de Janeiro, onde trilhou uma carreira notável como educador, gramático e filólogo.

Ao longo de mais de sete décadas dedicadas ao ensino e ao estudo da língua, Bechara se consolidou como referência incontornável na área. Autor de obras fundamentais para o ensino de português no país, como a consagrada “Moderna Gramática Portuguesa”, ele formou gerações de estudantes, professores e pesquisadores.

A trajetória de Bechara sempre esteve alinhada ao rigor acadêmico e ao compromisso com a difusão do conhecimento. Foi professor em instituições de prestígio, como a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), além de ter atuado como consultor linguístico em diversos projetos culturais e educacionais.

Academia Brasileira de Letras

Em 2001, sua contribuição foi reconhecida com a eleição para a Cadeira nº 33 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo o crítico literário Afrânio Coutinho. Na ABL, teve papel ativo na preservação e promoção da cultura e da língua portuguesa.

Além de sua atuação acadêmica, Bechara também foi responsável por modernizar e tornar mais acessíveis as discussões sobre a norma culta da língua, mantendo sempre um olhar atento às transformações do idioma sem abrir mão do rigor técnico.

Evanildo Bechara faleceu aos 97 anos, no Rio de Janeiro, deixando um legado inestimável para a educação, a cultura e a língua portuguesa no Brasil e no mundo lusófono. Seu nome permanece eternizado nas páginas da história da filologia e da gramática brasileira.